O circo em chamas
Tem sempre um palhaço no Universo que não se contenta em só sentar e aplaudir o circo pegar fogo. Todos nós sabemos empiricamente que o fogo é inevitável. Aos amigos, aos detritos, às coisas.
E quem acha, por alguma razão, que pode mijar ali até estinguir a fumaça, está redondamente equivocado. Mas esse é um equívoco bastante comum. É de nossa natureza querer ser o carpinteiro do Universo. Claro que tem sempre aqueles palhaços que falam mais alto, aqueles que tem mais culhões pra fazer o que deseja...e diametralmente opostos estão aqueles que se escondem nas palavras bonitas e nos verbetes do Aurélio porque se borram todo diante de qualquer coisa que cheire a realidade.
Sinceramente, não saberia dizer que tipo de palhaço eu sou. Mas sou palhaço, isso já saber demais. E fico assistindo vislumbrado as chamas dançarem patéticas, labaretas de estupidez porque um dos babacas andou fumando onde não devia.
E enquanto o circo pega fogo, se não somos palhaços idiotas, somos animais nas jaulas.
Triste mania essa, querer ser gente quando somos patéticos humanos.
E quem sabe um dia eu escreva uma canção pra isso, e finja convincentemente que não estou nem aí para toda essa parafernálha psicológica, para toda essa medíocre forma de ver o mundo que faz dos intelectua(lóides)is uma raça terrivelmente inapta à viver?
Aaaahhh......a sede de vingança. Nosso dia vai chegar, senhores telespectadores.
E eu falei ciúme só pra não dizer inveja.
Beijos e felicidades.
Do seu poeta torto, aquele-que-odeia-quase-todo-chão-que-pisa.
Continuem tentando. Entretenham-me.