Discurso proferido por ocasião do recebimento do título de Cidadão Honorário.

Em data de 21 mai. 07, o então 3º Sgt. QPM 1-0 William Gonçalves dos Santos, recebeu o Título de Cidadão Honorário da cidade de São José da Boa Vista/PR, em conformidade com a resolução nº 003/2006 de 16 de outubro de 2006, Projeto de Decreto Legislativo apresentado pelo Vereador Osny Mendes de Moraes.

Abaixo, o discurso proferido na ocasião:

“Sempre procuramos dar o máximo e o melhor de nós em tudo aquilo que nos propomos a fazer, mas restringidos na nossa capacidade, por isso nunca podendo ir além da limitação, mas sempre conscientes da missão na vida terrena. Parar, estagnar, jamais, e sim caminhar em busca de dias melhores, praticar o bem, amar ao próximo e a Deus, sem hipocrisia, detestando o mal, apegando-se ao bem. Amar cordialmente uns aos outros com amor fraternal”. (Ro 12:9-10).

Não tenho o dom da oratória, mas não poderia deixar que se passasse esse momento, ímpar, e talvez único em minha carreira e até em minha vida, sem ao menos um breve pronunciamento.

É Difícil conter a emoção ao ser contemplado com o título de Cidadão Honorário que me está sendo concedido hoje por São José da Boa Vista. É grande a surpresa e alegria que me acometeu ao ser contemplado por tal honraria, embora saiba, desde sempre, da generosidade de que é pródigo este chão, e que tem nos ilustres vereadores desta Augusta Casa bem que simples representantes políticos.

Diga-se a propósito, que para falar sobre os eminentes homens públicos da nossa gloriosa São José da Boa Vista, precisaria certamente encontrar palavras, palavras que me faltariam, pois palavras proferidas sem a existência das obras, são como semear no deserto...

Não poderia, fugir, assim, de início, ao agradecimento bem mais do que formal à Câmara Municipal e aos vereadores que votaram em meu nome para receber tal honraria.

Consigno, em especial, minha eterna gratidão ao vereador Osny Mendes de Moraes por ter apresentado o projeto de Decreto Legislativo que me concede este título.

Não posso mencionar minhas origens, sem me reportar ao meus queridos pais, Raymundo e Regina, devo-lhe não apenas o leite da vida que me fez o que sou, mas o exemplo de bondade, honradez e paciência, meu pai Policial honesto, honrado, que me deu como legado não outra coisa senão essas qualidades. Partícipe ativo como graduado da Policia Militar do Paraná, no desenvolvimento do 2º BPM, do Norte Pioneiro e do Estado do Paraná. Essas qualidades que meus pais representam é do que me valho hoje; não posso deixar de externar minha gratidão a minha esposa e filha que sempre me apoiaram em minha trajetória profissional e têm compreendido que homem que presta serviços públicos à população não tem horário, mas compromissos – o maior dos quais sob a forma de assistência quase que ininterrupta à comunidade.

Esta medalha, nobre Vereador Osny Mendes de Moraes, saiba Vossa Senhoria, tem um significado muito especial, pois me lembra das minhas raízes, que foram semeadas longe, mas encontram fragmentos neste lugar por alguns motivos, meu avô, Casemiro dos Santos, cidadão íntegro e também mui honesto, se instalou nessas paragens nos inícios do século passado, quando prestou serviços a esse município servindo e monitorando o 2º e 3º Tiro de Guerra, ou seja, Quartel do Éxercito Brasileiro que na época tinha sede neste município, foram muitas histórias que ouvi dessa ilustre pessoa, referente a São José da Boa Vista e seus rincões, foram histórias de revolução, de manobras enormes nas divisas dos Estados do Paraná e São Paulo, sempre falava sobre suas aventuras, e um lugar lhe era especial, talvez até por ser um local estratégico, onde na sua juventude passava grande parte do tempo, em observação às movimentações militares que aqui ocorriam, esse local, sempre lembrado com carinho é o “Pico”; foram inúmeras histórias, que me fizeram crescer sonhando, quando ainda criança, na Capital do Estado, onde vivia, em conhecer esse lugar mágico, onde se deram tantos fatos históricos envolvendo militares brasileiros e integrantes das forças públicas estaduais, e que antes mesmo de conhecer ilustrava minhas brincadeiras infantis.

Para dizer tudo, comecei a trabalhar com 14 anos e, com 19 anos, em 1995, ingressei nas fileiras da Polícia Militar do Paraná, e vim nesta época prestar serviços nesta cidade. Com 22, em 1998, fui promovido por merecimento à 3º sargento, e no ano de 2000 fui novamente transferido para esta localidade, vindo a ocupar a função de Comandante do Destacamento, função esta que havia sido desempenhada pelo meu pai até o início do ano de 1999, e aqui permaneci até o final do ano de 2006.

Por fim, apesar de atualmente não prestar aqui meus serviços, apesar de não ser um Boavistense de nascimento, sou e serei ligado a este lugar por fortes laços, em 2001 casei-me com uma cidadã Boavistense, o que não me permite esquecer desta maravilhosa cidade, onde tenho passado grande parte dos meus finais de semana, e hoje com esta cidadania a mim outorgada, me sinto um Boavistense de fato, já que da cidade onde nasci, quase não me restaram vínculos.

Neste lugar, já sorri, já chorei, me exaltei, discuti, dei mão à palmatória, venci e fui vencido na defesa do que considero ser de interesse da nossa população.

“Obrigado”