A vida do pau-brasil
O vento derramado como brisa escorregadia
sobre o seu parabrisas não é sopro divino.
Frase que qualquer profeta proferiria:
É o mal acalentado pelos homens de hoje em dia.
Há poucas décadas existia o fio de bigode
nas catedrais, nos manguezais e pagodes.
E a honra, que era orgulhosa,
já não mais é poderosa.
A qual exalava o perfume
de belo e sadio costume.
Agora, somente ciúme vadio, estrume.
Belos tempos onde nada se poluía,
e o povo degredado, a esse mal resistia.
Isso tudo, o velho Rui já previa.
E, essa gente altaneira que da Europa - africana
importava navios negreiros,
exportando brasis de bananas.
E nada mudou por inteiro.
E esse povo varonil aprendeu a ser europeu
apegando-se a Deus. Adeus hombridade,
e com mais idade até a fé já vendeu.
Se pensarmos bem, veremos que nada foi além
daquilo que já existia no passado atrasado
do nosso amado e trigueiro Brasil.
Aliás, com soluço profundo,
vemos que nada mudou neste mundo
na hipocrisia de crentes e imundos ateus.
Porém, para melhorar o planeta,
há de se melhorar o universo pessoal,
qual mensura, é a ciência da essência,
extrapolando os céus e infernos dos universos.
Seja seu, sendo o próprio universo de Deus.
O nosso Brasil como oitava, quinta, terceira, ou até mesmo, primeira potência, nada será, persistindo na miséria submissa à escravidão da “nobreza” da hipocrisia.