LITERATURA E VIDA NÃO PODEM ESTAR SEPARADAS

A Literatura Infantil, como produto histórico humano, resulta das relações subjetivas e objetivas que o homem estabelece com o seu meio social, cultural, intelectual, lingüístico, político e econômico. Com as concepções que o artista compartilha acerca do mundo / homem / sociedade, com os ideais e valores que se consideram úteis e desejáveis para transmitir às crianças e aos jovens. Por isso, a produção literária infantil é resultante, também, dos aspectos filosóficos – políticos - educacionais e da qualidade da educação ofertada numa dada época e contexto sócio-histórico. Para tal feito, o trabalho contempla as frentes de leitura: origem e evolução histórica da Literatura Infantil a partir dos estudos oferecidos pela sociedade, principalmente pelo punho do Governo. Os valores ideológicos na literatura infantil a partir da parceria com a pedagogia, considerando as mudanças de paradigmas provocadas pelas conquistas da ciência, dentre eles o discurso médico-higienista sob a educação e, conseqüentemente, sob a produção literária infantil. A Literatura é uma forma de arte, assim como a música, a pintura e a dança. O que a diferencia das demais manifestações artísticas é que a Literatura nos permite, pela interação com seus textos, tomar contato com um vasto conjunto de experiências acumuladas pelo ser humano ao longo de sua trajetória, sem que seja preciso vivê-la.Toda forma de arte apresenta um determinado conhecimento, mas essa apresentação é feita de modo particularizado, pois o artista transpõe para um quadro, uma música, ou um livro, sua visão pessoal sobre determinada experiência ou acontecimento.O mundo gira incessantemente. E neste movimento mágico e intrigante, ações e posturas, rebeldias e controvérsias acabam por se repetir, numa intrínseca relação de semelhança e cumplicidade. Não precisamos navegar ao desconhecido, nem passear por séculos distantes, basta irmos as décadas de 30 e 40 do século XX. País de longa tradição literária, a Alemanha tem uma literatura expressiva, desde a Idade Média, passando pelos irmãos Grimm, Goethe e Schiller, até Thomas Mann e Günter Grass, dois dos oito prêmios Nobel de Literatura. Com cerca de 2 mil editoras e mais de 4 mil livrarias, a Alemanha tem um dos maiores mercados editoriais do mundo. O número de novos lançamentos cresce a cada ano, tendo atingido cerca de 96 mil títulos em 2007. A maior fatia é de literatura e ficção, com destaque para os livros de bolso. Mas grande também é o volume de livros infanto-juvenis e de não-ficção.A Feira Internacional do Livro, em Frankfurt, a maior do mundo, é o grande acontecimento anual em torno da literatura. O Prêmio Literário Georg Büchner é considerado o mais importante do país. Já o Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão é concedido não apenas a escritores alemães.

O NAZISMO E LITERATURA NO EXÍLIO

A ascensão dos nacional-socialistas ao poder, em 1933, representou uma profunda cisão na vida literária e cultural da Alemanha, com censura e vigilância de todo tipo de manifestação artística. Dos que não se curvaram à nova ideologia, alguns preferiram a chamada emigração interior e suspenderam suas atividades literárias. Outros deram as costas à Alemanha nazista, ou foram forçados a deixar o país por sua origem judaica ou suas convicções políticas, como os irmãos Mann, Alfred Döblin e Franz Werfel. Na França, Suíça e posteriormente nos EUA, surgiu uma literatura no exílio. No combate ao regime de Hitler, ela chegou a recorrer até à propaganda, como documentam os discursos de Thomas Mann transmitidos pela BBC. Vários escritores suicidaram-se no exílio – Ernst Toller, Walther Hasenclever, Walter Benjamin e Stefan Zweig (em Petrópolis), enquanto outros foram assassinados pelos nazistas: Erich Mühsam, Carl von Ossietzky, Theodor Lessing e Gertrud Kolmar. E hoje, o que representa a Literatura na sociedade atual? Qual grande movimento surgiu depois da Geração dos anos 60 do século XX? Talvez estejamos numa época onde dormimos e comemos sem saber o porque de estarmos vivos. Toda época tem a sua particularidade, seus movimentos, ideais e costumes do que ouvir, vestir e pensar, não criamos ainda um mecanismo de como ler, o que ler e quando ler, apenas alguns “poucos” lutam pelos sonhos de uns “muitos”. O Genocídio Judaico não aconteceu no Brasil, mas vivemos numa bruta Ditadura Militar com o Golpe de 1964, e anos mais tarde conseguimos a tão sonhada Democracia, pra que? Talvez estejamos vivendo Um extermínio de livros conjuntamente com a morte dos leitores, e passando para uma época de internautas precoces, incoerentes, desinformados e “imbecis culturalmente”. Salvem a Literatura, você também é responsável por este patrimônio mundial.

Antonio dos Anjos
Enviado por Antonio dos Anjos em 15/09/2009
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