Minha Luta, Minha Sina

Povo brasileiro, à respeito de insinuações maldosas que ultimamente têm se tornado mais acerbas e virulentas, mesmo já estando blindado após tantos anos de dedicação à (e ao esbulho da) coisa pública, desde os primórdios da minha vida política, nos longinquos sertões deste imenso País. Agora, em vias de a natureza, em sua santa sapiência, estar se aproximando com mais rapidez para o encerramento da minha passagem sobre este nobre chão, que tanto me deu ( e o que não deu, eu tomei), sinto-me na obrigação de deixr este meu testemunho, onde pretendo expor e provar que as agruras por que passei, e ainda passo, são de tamanha ordem que os pósteros irão me reverenciar, e dar meu nome a pontes e estradas, e conjuntos habitacionais, e quiçá até cidades recebê-lo-ão ( melhor fariam se designassem estações de tratamento de esgotos que não fiz). Vejam o tamanho e as agruras do meu calvario como Homem Público ( com "público" na sua mais perfeita acepção que significa: o que é de todos e mesmo por isso não é de ninguém). Crêem vocês, vis injuriadores, meros assistentes que não sabem o valor da honra, do respeito, do amor-próprio de um homem.

Acham que é fácil criar mentiras, factóides, bravatas a cada segundo de uma vida. Têm noção da dficuldade que é manter sob o tacão do coronelismo, tôda uma população miserável, faminta, sem escola ou saúde, à custa da manutenção de um bando de jagunços iletrados, idiotas, famélicos, sem um mínimo de formação acadêmica, capazes de matar a própria mãe por um miserável prato de comida, e mantê-los fiéis à custa de promessas e pouco pagamento, sendo a maior parte das vezes este último substituido pela ameaça de que terão o mesmo fim dos meus inimigos? Alguma vez cogitaram em dar o devido valor ao sofrimento causado pelos que, à custa de informações privilegiadas e benesses oriundas do poder, ousam, à boca pequena se queixar que, dar emprego aos parentes com QI de ameba e incompetentes em geral, foi um alto preço pago? Sabeis Vossas Excrescências que me ouvem, o quanto é desgastante ter de socorrer com um emprego de alto nível àquele que se dignou a "comer" uma sua neta, ou filha, cujo único atributo que podem atrelar à sua xana é o sobrenome poderoso do mandatário do momento? Alguma vez já tiveram de pagar um mico tão grande como uma vestimenta ridícula numa reunião de dinossauros para discutir meia dúzia de laudas editadas por um puxa-saco qualquer? Certamente, visto por este prisma, saireis daqui tão profundamente condoídos dos meus pesares que absolver-me-ão de tôda e qualquer ação impetrada por parasitas de uma mídia mancomunada com forças estranhas e nem sempre tão ocultas, que visam apenas enlamear o bom nome deste e todos os demais "escolhidos" democráticamente pela vontade(comprada ou cabrestada) popular.

Este humilde desabafo se aplica à grande maioria dos senhores, meus pares, nesta casa (da Mãe Joana) de Leis, e por esta razão peço seja este libelo incluido nos Anais desta Casa (assim como nos anais de Vossas Excrescências).

Tenho o dito.

Brasilia, hoje.