CHEGA DA IMATURIDADE DO VERDE AMARELO.

Chega de sermos verdes amarelos azuis, ou seja, lá que cor for sem a certeza do caminho que trilhamos como gente.

Sou de uma geração que nasceu ou cresceu dentro de uma ditadura militar, foram anos e anos de uma instrução moral e cívica, onde a única intenção era que não tivéssemos intenções ou vontades individuais, uma moralidade castrativa e totalitarista e nenhum civismo real.

Foi crescer nesta ditadura que desenvolveu frases na boca de nossos cidadões como:

- Não gosto de política.

Pois fico muito feliz de te informar que você é um ser político, não apenas quando vota, mas quando tem o direito de votar você já se torna um ser político, quando você participa de uma sociedade ou vida em um grupo humano você já é um ser político. Você é um cidadão e uma cidadã que pode e deve expressar suas vontades, defender e entender os seus direitos e expressar sua concordância e também as discordâncias.

Não é porque você votou em um determinado candidato que tudo que ele fizer deve ter seu aval, muito ao contrario você votou você deve olhar e saber sempre de como seu eleito tem se comportado, como ele tem trabalhado por você e a sociedade a qual você pertence deve cobrar deste a luta pelas promessas feitas em campanha e nunca mais votar nele se ele abandonar uma sequer de suas promessas, não seja um teimoso político, partido não é time de futebol, você não escolhe um e mesmo que este não faça nada do que se propôs você continua torcendo por ele, ao contrario você tem obrigação de ser contra as falsidades que este partido propôs.

Precisamos e Isto faz parte de um processo de se estabelecer uma democracia, aprender a assumir nosso papel nesta sociedade. Como queremos uma democracia, faz parte deste querer votar com responsabilidade e não só porque é lei, votar é o primeiro de muitos passos para termos uma sociedade que se representa com clareza e se desenvolve de forma esclarecida e se torna sustentável.

Todos passamos por um processo de maturidade política, junto com a maturidade na vida como pessoas, isto também acontece com a sociedade em que vivemos. Lembro-me que nas primeiras eleições abertas e diretas que tivemos depois da dita abertura, votamos em chipanzés do zoológico, e se valesse ele teria sido eleito em personalidades nada atuantes ou liderança, sem nenhuma proposta de atitude e rumo político, mas como se votar fosse apenas uma brincadeira, ou uma chatíssima obrigação. Obrigação é você cumprir as leis muitas vezes ridículas que estes eleitos por você vão criar e vão fazer para se beneficiar e atos secretos e muitas vezes não secretos, mas de artimanhas ilusórias que só servem para encher seus bolsos de dinheiro e quem paga a conta é você.

Portanto quando disser não gosto de político saiba que você esta sendo covarde de tomar uma posição e se responsabilizar pelo fato de que você não gosta de você. Não se preocupa em participar do mundo que te cerca, de que só olha para seu umbigo e, portanto merece o governo que você tem. Não reclame. Tome uma atitude.

Chega de leis de Gerson (grande jogador de futebol) como atitude de levar vantagem em tudo, leva vantagem é bom, mas se ajudarmos a quem nos cerca a viver melhor, se buscarmos uma evolução de vida em sociedade e não apenas na individualidade.

Precisamos aprender a denunciar as tramóias e esquemas, não ficar ironizando que tudo acaba em pizza, pois esta visão já deixou de ser uma critica e parece que até que estamos rindo de nós mesmos, pois quem paga a conta da pizzaria somos nos, nossos filhos e toda a nação. Sim sejamos uma nação, como fomos caras pintadas, como fomos quando enterramos o nosso saudável Tancredo, muito embora ali como nação tenhamos nos calado a questão de quem por constituição do direito devia ser o presidente assumiu o Sarney, foi um processo que teve apoio da sociedade e isto importa mais que tudo.

Quando fomos à rua para comemorar a democracia a vitoria sobre a autocracia que buscava um presidente eleito e nas cores verdes, amarelos azuis levaram a maturidade da atitude nas veias de nossa jovem nação, não abandonemos isto como gados que seguem um berrante, mas sejamos povo que sabe o que quer. Não acredito em formulas prontas, sempre vejo nas comunidades atitudes que só a comunidade entende que é o que ela precisa e deve ser respeitada nesta forma orgânica de se expressar. Enfim não se levar ao povo a idéia pronta do que deve ser feito, mas sim se deve ouvir dele o que ele precisa e o povo sou eu, é você, é sua mulher ou seu marido, seu pai, mãe, filho filha, vizinho,... Juntos somos o povo que vota e elege que depois vive o destino de seu voto. Pense no voto.

Guilherme Azambuja
Enviado por Guilherme Azambuja em 29/08/2009
Código do texto: T1780858
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