Não acredito, por que o chamam de maldito?

Charles Baudelaire tentara ingressar na Academia Francesa novamente...

Mas, tempos antes, em 1857, lança "As flores do mal" contendo 100 poemas malditos.

Livro esse, que se torna marco da poesia moderna e simbolista.

"Les fleurs du mal", reunem aflições que se tornam inspiração máxima da obra do poeta:

A queda; a expulsão do paraíso; o amor; o erotismo; a decadência; a morte; o tempo; o exílio e o tédio.

As más línguas, diziam que ele queria se reabilitar com o público em geral, que via suas obras com maus olhos em função das duras críticas que ele recebia da burguesia.

O livro não é político, muito menos filosófico, nele não há lendas; todavia fascina!

Seus capítulos sugerem obscenidade social, e mostra que não há virtudes, tudo é falsa devoção e beatice.

Em 1860, foi segregado por temáticas:

(Tédio e Ideal) - (Flores do Mal) - (Revolta) - (Vinho) - (Morte)

O livro, então, é acusado pelo poder público de ultrajar a moral coletiva.

Artistas visionários, pessoas à frente de seu tempo, sempre sofrem com críticas morais e hipócritas, de uma sociedade moralista e preconceituosa. A sociedade francesa, admitia:

"Não estávamos preparados."

Temeram a arte.

Viram o que não queriam ver?

Para todo sempre e sempre...

"Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião, todo o meu ódio", escreveu Baudelaire sobre este livro numa carta.

Queria ter sido seu contemporâneo, compartilhar contigo suas venturas, estórias, encontros, brindes e doçura.

Lê-lo no presente.

Pesada foi tua mão, mas leve é tua sensibilidade!

Marciano James
Enviado por Marciano James em 14/08/2009
Reeditado em 14/08/2009
Código do texto: T1753846
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.