A RELIGIÃO É O ÚNICO CAMINHO PARA A SALVAÇÃO DE NOSSAS ALMAS? Meus queridos irmãos em Cristo...
Meus queridos irmãos em Cristo...
Perdemos muitas oportunidades de exercitar a nossa caridade. Perdemos em qualidade da vida carnal ou espiritual, tentando nos engajar em religiões terrenas. Como se apenas isso representasse a nossa salvação. Acontece que muitas pessoas se perdem quando um guia aconselha ou ordena:
- É por aqui...
E outro: O caminho e esse, eu tenho certeza.
Ainda outro: Vocês não devem segui-lo. É uma pista falsa.
E outro: São enganadores, seguidores de Satanás, não o acompanhem!
E ainda outro: É esse o caminho que nos conduz ao Pai.
Muitas vezes um mesmo grupo se subdivide. Há grupinhos e enormes grupos. Uns se sentem ameaçados, outros poderosos. Pelo fator divisão, todos se enfraquecem. Alguns mudam de lado, outros seguem a sós e desencantados. E o que é pior, em não raros casos, advém a guerra.
Alguns que não pertencem a grupo algum, são olhados com indiferença ou desconfiança. Discrimina-se ao grupo de pensar diferenciado. Cada um ou cada grupo lê o seu Livro Sagrado e o interpreta à sua maneira.
O Antigo Testamento foi escrito de modo a que respondesse às indagações humanas, inspirado pelo Espírito Santo de Deus, de maneira a explicar, contando histórias, ao povo iletrado e ao pouco discernimento à época. Naquele tempo, Deus comandava através do Velho Testamento a muitos governos, reis e doutrinas.
Ainda hoje, quando o discernimento é maior, e muito maior o número de pessoas letradas, busca-se o seu entendimento. Guerras são desencadeadas se um povo discorda ou prefere entendê-Lo dentro do próprio contexto.
Há mais de dois mil anos, o Pai enviou o seu querido Filho “Jesus Cristo” que se fez humano para melhor entender os seus amados filhos. ELE, Jesus, disse: “Eu não vim para abolir a Lei, e sim para cumpri-la.” Assim sendo, desmistificou, elucidou, jogou por terra, por exemplo, à lei de pureza. Foi amigo de todos, não teve escrúpulos em conviver com os alienados, com o feio, com o pobre, com o leproso que até aquele tempo não tinha como curar-se senão através de um milagre, e o Filho o fez. Conviveu com o ladrão, com o cobrador de impostos, com o louco, com o possuído, com a prostituta... Defendeu a adultera, que como era costume, seria apedrejada ate a morte. “Atire a primeira pedra aquele que não tem pecado” Usando dessas sábias palavras, Jesus conseguiu deter a ira insana e ensinou que sexo, ainda que fora do casamento, não é o carro chefe dos pecados.
Demonstrou que os “Dez Mandamentos” são também uma maneira de viver bem e em paz. Quem não vive bem não fará com tranquilidade sua passagem e muito terá que estagiar no Reino de Deus, que logicamente inclui a Terra, até a lapidação completa de seu espírito.
O filho de Deus, Jesus Cristo, foi crucificado entre dois ladrões para que fosse humilhado ao extremo. Só os piores elementos eram crucificados. A cruz era suma-humilhação e crucificaram-no completamente despido.
Jesus não discriminava e o que mais lhe doía era a incompreensão humana. Doía-lhe mais que os pregos que o mantiveram presos às tabuas da cruz. Ao ser crucificado entre dois malfeitores, Jesus reconheceu entre eles o bom ladrão e prometeu-lhe a salvação imediata após o seu desencarne. Apesar de todo sofrimento que sofreu a sua carne humana, pediu ao Pai clemência para os seus algozes:
- “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem.”
Jesus, filho de Deus, enquanto humano, ensinou-nos a perdoar e a amarmos uns aos outros. Ensinou-nos a perdoar e condena à discriminação.
Somos todos iguais perante o Pai e se uma religião discrimina, em si, ela já não faz a vontade do Pai. Deus nos quer unidos no amor, na mútua ajuda, na solidariedade. Não LHE interessa, ou melhor, desagrada-LHE um bando de turistas-terrenos da religiosidade com tantos guias e acéfalos por excelência.
Deus mandou o seu filho para salvar a nós pecadores. Jesus feito homem ensinou a caridade e a fraternidade e foi morto por defender as idéias da paz. Mataram a Jesus de Nazaré, o homem morreu, no entanto, sua divindade ressuscitou, mostrou-se, fez-se conhecer como Deus Vivo, Presente e Verdadeiro e ainda não conseguiu ser assim universalmente entendido. Apenas uma minoria de coração simples e de bondade expressa o reconhece como tal. No entanto, ele faz morada em nossos corações, mesmo no coração daquele que tenta expulsá-lo cometendo toda sorte de maldade. Para isso, Ele desceu do Céu e se equiparou ao homem “O verbo se fez carne e habitou entre nós.” Para falar de igual para igual, para tornar-se um irmão, um companheiro amigo e benevolente. Em consequência o Seu lado humano sofreu ante a certeza da morte.
Tenhamos, pois, paciência com o efêmero.