Fúria.
É assim que me sinto hoje: Roxa!!!
De raiva, de medo, de tristeza e repulsa impressionantes.
Não conseguí trabalhar direito, não me alimentei, não ouví música, não cantei...apenas chorei!
E fiquei me perguntando por que o ser humano utiliza tanto de sua capacidade e inteligencia para destruir e deixar fenecer a esperança do seu semelhante. Instruí os meus neurônios a buscar respostas convictas e ininterruptas, mas nada conseguí. Talvez por achar demais perigoso atravessar os limites neurolinguísticos, a minha parte intencional nem surtiu efeito.
O que dizer de um pai que se utiliza do filho menor, criança em toda a sua forma e nobreza, para alcançar objetivos pútridos e totalmente inconvenientes?
Passei meu dia espantando fantasmas, desempoeirando mágoas já assentadas, revivendo planos e sonhos cimentados. Calculei milimetricamente cada passo a ser seguido daqui por diante e refiz todo o caminho traçado,qual pastor em campo cercando suas ovelhas. Mentalizei todo minuto a ser gasto e me impus o tempo limite para o desenlace de mais este triste episódio!
Ser mãe para uns, nada vai além da gestação e glamour de novas descobertas, de choro e demandas marcantes de sentimentos em profusão!
Para mim, ser mãe ultrapassa todas a barreiras, transpõe fronteiras e suporta as feridas. Coloca-me na posição de fêmea atenta e enfurecida, extremamente perigosa no trato com quem fere sua cria. Afina-me com a natureza viral e orquestrada de atitudes cautelosas e eficazes contra todo aquele que interfere na harmonioza convivência entre mãe e filhos.
E a tarde esvai-se em chuva forte e pouca visibilidade.
Quem sabe alterando o espaço e vida aqui existente...
Eu, eu e eu mesma.