(imagem Google)

Visão De Um Quase Nativo

         Recife, apesar de sua significação arrecife rocha, é uma cidade de rocha escassa, rocha pequena ou mediana, Recife é uma cidade de muro baixo.
         Cidade de muro baixo, fugindo de definições gramaticais e Aurelianas ao pé da letra, nada mais é que cidade provinciana, regada de preconceitos, mini metrópole com complexo de superioridade, o recifense há pouco mais de quinze anos come big mac, se delicia com o ardor da comida árabe habibs, e pode afirmar que o big do bob`s é melhor que o sanduíche do rival, o do tio sam, ai de quem falar que a megalópole do sudeste do Brasil possui a melhor culinária, pizza no Recife já chegou, a pizza hut, ai novamente de quem falar que na cidade não tem pizza de qualidade, tem sim senhor, graças novamente ao tio sam e suas saborosas massas com dez centrimetos de bordas de catupiri, ai de quem falar que no Recife não existe sorvete da Nestlé, eles existem minha gente há cerca de cinco anos.
         O complexo se define na sua mania de grandeza, não sou nenhum estudioso da mente, mas acho um tanto estranho tais afirmações como: Recife tem o maior shopping do Brasil,isso nos remete as lições do mestre Freud o pai da psicanálise, é necessário temos um carro gigantesco, uma casa maior ainda, tão quanto o nosso falo, tão quanto maior nosso falo maior nosso poder de comando.
         Recife com este problema psicológico também afirma ter o maior e melhor carnaval do Brasil, afirma possuir a melhor hospitalidade também do nordeste, que João pessoa e nem tampouco Fortaleza e Natal escutem uma barbaridade dessas, aqui o turista e o nativo é mal atendido, como se cara feia revelasse aquilo que não é revelado, a cidade acolhe mal os da terra bem como os que não o são, e não são poucos aqueles que confirmam o que aqui é explanado.
         Muro baixo significa viajar para França e encontrar o primo do seu tio avó fazendo pose frente à torre Eiffel, retornar para casa e reencontrar o mesmo primo também em recém retorno da cidade luz bradando feliz pelo fato de coincidentemente serem vizinhos, é ir comprar pão na esquina e encontrar o irmão de sua madrasta comprando tareco para se desentediar em meio a um programa televisivo de madrugada, Recife tem dessas coisas, todo mundo é primo, do primo, do amigo, do irmão de nossa mãe, ai de quem falar na cidade maravilhosa ou na potência da culinária e do desenvolvimento pátrio, Recife tem frevo minha gente, o sexagenário palhaço Chocolate bem como a peça infantil centenária Hipopocaré, tem cuzcuz e tem rios que o repartem que o comparam com Veneza, coitada de nossa rival futebolística Itália.
         Pernambuco não sofre de tais problemas mentais, como o complexo de superioridade já mencionado que acomete sua capital, o estado é rico, grandioso e acolhedor, hospitaleiro e generoso, se sua capital fosse mais realista e tomasse alguns comprimidos de Prozac, com mais algumas cartelas de Limbitrol somadas com algumas gramas de Carbolítio, talvez, pudesse sair de seu estado delírico e fantasioso e se confirmar como uma das grandes capitais do nordeste, sem alucinações, ai quem dera!


        
Meu coração é paulistano de nascença,mas,dentro dele pulsa o sangue pernambucano devido às raízes.






O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 03/05/2009
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T1572839
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.