REGRAS DE CONVIVÊNCIA

Desde de que a espécie humana se reuniu, talvez quem sabe para se defender dos seus inimigos comum. E tambem para que os atritos internos desta primitiva comunidade não resultasse numa consequente fragmentação. Supomos que tenha sido necessário a criação de regras de convivência. Justamente aí iniciou-se um processo chamado civilização. Desde aquela condição estreita e primitiva, o sentido da palavra política saiu dos compromissos meramente verbais para atingir no que se transformou hoje, um emaranhado e complexo conjunto de leis.

Tem sido os entreveros comunitários que vem forçando a redefinição das relações e cunhando a evolução dos conceitos e das ideias acerca da ciência política. Foi o próprio elemento humano que exigiu mais clareza nas regras, forçando assim a definição de atribuições e resultante fixação de conceitos hierárquicos.

Com relação ao impacto da comunidade no índividuo que a forma, temos a dizer que um individuo só irá compreender a dinâmica de um grupo depois que compreender a influência do grupo sobre sí, e assim projetar nele sua consequente resposta. Só a partir deste momento é que é que tal individuo estará apto para avaliar suas dependências comunitárias e também sua influências positivas ou negativas sobre a mesma. Neste momento ele passa a se reconhecer como mais um tijolo nesta imensa parede da pirâmide social..

A administração da coisa pública já careceu muito mais, mas ainda carece bastante de uma organização que seja mais precisa, mais justa e sobre tudo mais estável. Precisamos que o direito venha lastreá-la e dar a ela maior consistência Jurídica, ela está a exigir a edificação de solidos preceitos, pois o exercício da política é um constante diligenciar de controvérsias. Muitas vezes as doutrinas assumem posições que não estão em condições de sustentar. Mesmo porque a espécie humano precisa chegar ao entendimento de que

necessita saber, e saber de maneira limpa e clara, de que a segurança absoluta ela jamais o terá, mesmo porque os preceitos são peças movediças, que vivem tendo que se adaptar às circunstâncias de tempos e lugares. É uma gradativa marcha de descoberta de facetas novas. Podemos dizer com algum grau de certeza que a Justiça é uma estrutura míope e que por não enxergar direito acaba tropeçando em qualquer coisa. Esta miopia é uma coisa contagiante; a escassez de visão da sociedade brasileira acabou induzindo o mundo inteiro a tomar nossos muitos casos de corrupção na máquina pública com tendência inata para corrupção que supostamente o brasileiro possui.

É bem certo que assim como o rato busca a despensa para alí ficar próximo da comida, o individuo velhaco busca a política para ficar mais perto do poder. Só os herois e os santos resistem ao fel amargo das privações. Quando assim falo, penso nos milhões de brasileiros que veem drásticamente reduzidas até a ração dos seus filhos menores, o leite dos seus bebês, e os gazes dos seus fogões, sem jamais pensar em se valer dos cofres públicos.