Sobre Pérolas e Porcos
O prático é mínimo e confortável. A mentira é confortável. Tem cores simples, homogêneas e cabe aos olhos leigos. Não incomoda o leigo, e também não o instrui. Minimalismo traduzido em conhecimento, palavras poucas, ambigüidade máxima. Afinal, não é esse o ditame destes tempos? “Fales pouco, escreva pouco e objetivamente. Palavras curtas e precisas”. (Seria esse o legado da preguiça de dize-las? Não. É de lê-las, ou de ouvi-las. A fonte apenas se adapta).
A verdade jamais se ocultou de fato, nunca foi preciso. Apenas reside nas coisas menos interessantes, pela complexidade de suas leituras. O lugar mais seguro do mundo é no campo das coisas desinteressantes e complexas. Se tu fosses um Deus místico e holístico, por certo esconderias o que não desejas ver compreendido por trás de coisas assim. E não serias revelado, não por humanos como a maioria dos que conhecemos.
Pois bem, aí está. A verdade por trás de tudo o que buscam está justamente no lugar onde a maioria de vocês simplesmente despreza: reflexão e complexidade. Estuda-la habilita-os a discutir, mas não necessariamente a compreender, isso é um dos últimos processos. Mas parece que alguns preferem simplesmente fingir que sabem sobre o que falam, e habitados por uma indizível preguiça mental, tornam-se “Ases” em mentir para si mesmos e inflar seus egos com sensações falsas de reconhecimento coletivo. Palmas.
Dos homens médios é simples ocultar o que bem se entende. Basta vestir de pérola algo indigno, e será desprezado. Ou comido como lavagem sem sequer ser apreciado ou notado. Pérolas são com prazer destruídas e destituídas de seu valor por humanos. Com prazer é feita lavagem, e não será digerida. Com prazer será transformada em esterco, o que estes seres produzem de mais característico – homens e porcos – e se unem por suas semelhanças. E se diferenciam também por suas semelhanças.
Mais palmas aos minimalistas das palavras. Conseguem enterrar ainda mais fundo a verdade que não sabem, nem revelam. Mas certamente conseguem travestir-se de gênios contemporâneos. E populares. Afinal, ‘é impossível ser popular sem ser medíocre’. (créditos à Oscar Wild). “Menos” é “mais lacunas”. Plantar lacunas certamente é uma boa forma de esconder as próprias intenções. Preenche-las falsamente, e a melhor maneira de manipular em seu favor.
O prático é mínimo e confortável. O confortável e prático raramente é verdadeiro. E se não faz diferença se é ou não verdade, bem-vindo à Arte de Seduzir o Tolo.
O prático é mínimo e confortável. A mentira é confortável. Tem cores simples, homogêneas e cabe aos olhos leigos. Não incomoda o leigo, e também não o instrui. Minimalismo traduzido em conhecimento, palavras poucas, ambigüidade máxima. Afinal, não é esse o ditame destes tempos? “Fales pouco, escreva pouco e objetivamente. Palavras curtas e precisas”. (Seria esse o legado da preguiça de dize-las? Não. É de lê-las, ou de ouvi-las. A fonte apenas se adapta).
A verdade jamais se ocultou de fato, nunca foi preciso. Apenas reside nas coisas menos interessantes, pela complexidade de suas leituras. O lugar mais seguro do mundo é no campo das coisas desinteressantes e complexas. Se tu fosses um Deus místico e holístico, por certo esconderias o que não desejas ver compreendido por trás de coisas assim. E não serias revelado, não por humanos como a maioria dos que conhecemos.
Pois bem, aí está. A verdade por trás de tudo o que buscam está justamente no lugar onde a maioria de vocês simplesmente despreza: reflexão e complexidade. Estuda-la habilita-os a discutir, mas não necessariamente a compreender, isso é um dos últimos processos. Mas parece que alguns preferem simplesmente fingir que sabem sobre o que falam, e habitados por uma indizível preguiça mental, tornam-se “Ases” em mentir para si mesmos e inflar seus egos com sensações falsas de reconhecimento coletivo. Palmas.
Dos homens médios é simples ocultar o que bem se entende. Basta vestir de pérola algo indigno, e será desprezado. Ou comido como lavagem sem sequer ser apreciado ou notado. Pérolas são com prazer destruídas e destituídas de seu valor por humanos. Com prazer é feita lavagem, e não será digerida. Com prazer será transformada em esterco, o que estes seres produzem de mais característico – homens e porcos – e se unem por suas semelhanças. E se diferenciam também por suas semelhanças.
Mais palmas aos minimalistas das palavras. Conseguem enterrar ainda mais fundo a verdade que não sabem, nem revelam. Mas certamente conseguem travestir-se de gênios contemporâneos. E populares. Afinal, ‘é impossível ser popular sem ser medíocre’. (créditos à Oscar Wild). “Menos” é “mais lacunas”. Plantar lacunas certamente é uma boa forma de esconder as próprias intenções. Preenche-las falsamente, e a melhor maneira de manipular em seu favor.
O prático é mínimo e confortável. O confortável e prático raramente é verdadeiro. E se não faz diferença se é ou não verdade, bem-vindo à Arte de Seduzir o Tolo.