Desencanto

A fórmula é tão simples que não há como esquecer. É uma espécie de ''mágica'', da qual todo profissional de propaganda sabe bem mais do que o simples ''beabá'' escolar. Eles são atenciosos às necessidades do consumidor; criam; agem; provocam o interesse e o desejo. Pronto! Conseguem em frações de segundos convencerem o público alvo, pois todo anuncio, quando é realmente bem feito, completo e divulgado do jeito certo, leva as pessoas a fazerem algo para satisfazer seu desejo, essa vontade que o anuncio produziu e incentivou.

Segundo os dicionários de Língua Portuguesa, não há muitas diferenças entre propagandas e publicidade; alias, são colocadas como sinônimos. A propaganda é a técnica de criar opinião publica favorável a um determinado produto, serviço, instituição ou idéias, visando orientar o comportamento humano das massas num determinado sentido. Melhor dizendo, é uma comunicação de caráter persuasivo que visa defender os interesses econômicos de uma indústria ou empresa.

A publicidade não difere muito, apenas é mais abrangente e menos precisa que a propaganda. É destinada à coletividade. Ato de tornar publico algo, noticia, fato ou informação. Apesar dessas pequenas divergências, ambas tem o mesmo objetivo: convencer, convencer e convencer! Muitas vezes acabam por ultrapassar seus limites de persuasão, pois vendem valores, e que são contraditórios à ética social que sugere que para ser é preciso ter.

Além disso, utiliza-se de bons alvos. Crianças. Essas por sua vez não conseguem distinguir o conteúdo da publicidade, sendo envolvidas na comunicação mercadológica que as fazem abandonar o mundo criativo em que vivem para entrar rapidamente no admirável mundo do consumismo.

As conseqüências da publicidade dirigida às crianças geram muitas mudanças comportamentais; uma delas é a obesidade infantil, problema, hoje, de grande relevância. São 50% das publicidades alimentícias dirigidas às crianças; destas, mais de 80% são de produtos não saudáveis. As mensagens contraditórias desequilibram o metabolismo infantil e a estatura emocional – há apenas o conceito de felicidade no hábito de consumir. Embalagens e brindes confundem comer com diversão. Alimentos ricos em sabor e pobres em nutrientes tornam a criança desnutrida e deprimida.

Portanto, cabe à nós, nos prevenirmos dessas propagandas que tanto nos engana. Vamos selecionar o que é necessário e descartar as futilidades.

Fernandamb
Enviado por Fernandamb em 19/02/2009
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