DISCURSO V – SOBRE O SER DA CRIANÇA

EU sou o SER DA CRIANÇA
E o SER DA CRIANÇA sou EU!

Mas quem sou EU, senão o SER DA CRIANÇA,
Ou quem é o SER DA CRIANÇA senão EU?

O que é MEU
Não é do SER DA CRIANÇA
E o que é do SER DA CRIANÇA não é MEU.

Mas, afinal, quem sou EU
E quem é o SER DA CRIANÇA?

Seremos EU e o SER DA CRIANÇA
Partes da mesma essência?

Ou a essência é o que faz
Do SER DA CRIANÇA e do meu EU ser o que são?

Será que o SER DA CRIANÇA é pura essência
Ou a essência é que é o SER DA CRIANÇA?

Mas onde estou EU?
Entre a essência e o SER DA CRIANÇA?

Estará, a essência, entre o EU e o SER DA CRIANÇA?
Ou estará o SER DA CRIANÇA entre a essência e EU?

Talvez eu seja a essência do SER DA CRIANÇA,
Ou talvez, ainda, o SER DA CRIANÇA é que seja a essência do meu EU.

Mas quem é essa essência
Que não é o SER DA CRIANÇA e nem EU?


Depois de todos esses discursos a criança sorriu e arrematou:

O SER DA CRIANÇA é a essência da MATÉRIA, do CORPO, da ALMA, de DEUS e do AMOR, pois sem o SER DA CRIANÇA não haveria VIDA, que não cabe discurso, pois VIDA é VIDA. Tudo o mais é apenas especulação e jogo de palavras!
Roberto Dourado
Enviado por Roberto Dourado em 25/11/2008
Reeditado em 25/11/2008
Código do texto: T1302490
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