EUA, a voz do dono
Venho escrevendo sobre o Barack Obama e sobre as eleições americanas, obtendo, como sempre, um numero pequeno de leituras.
Resolvo republicar todos os textos na forma de discurso, uma vez que o matraquear verbal, tal como metralhadora giratória, é capaz de canalizar minha indignação e frustrações com os americanos ao cabo de toda a minha vida.
Tenho visto os americanos assassinar presidentes e lideres autênticos do povo, tenho visto golpes de estado apoiados por eles, tenho visto guerras cruéis, em que, parece, eles não desejam ganhar, mas manter o estado e beligerância indefinidamente, sangrando aos poucos as nações de forma a arrancar lucros para as empresas de aliados, ou associados.
A sociedade americana é por demais beligerante para que o sonho de um Obama da paz se realize. Com o diziam os soldados americanos no Vietnã, como registrado no filme de Kubrick, “Full Metal Jacket”, it’a tôo-beaucoup. Muito demais!
Isso nos leva a um poetrix:
Full Metal Jacket
Tubôcu (too-beaucoup, como diziam os soldados americanos do Vietnã, no filme do Kubrick)
Sim, sair do Iraque, senhor,
que o Obama, Barack,
vai desmontar o barraco!
Jacques Levin
Publicado no Recanto das Letras em 29/08/2008
Código do texto: T1151782
Hah, também, um outro:
Oh! Obama, não chore por mim!
Não é o sim que você
diz para mim, fica para
outra vez o talvez.
Jacques Levin
Publicado no Recanto das Letras em 04/06/2008
Código do texto: T1019444
E , uma crônica:
Estados Unidos da América, nação do futuro
Barack Obama está eleito.
Ele é meio negro, porem, não representa o negro norte-americano.
Seus ascendentes nunca foram escravos.
É, pois, um orgulhoso representante dos afro-descendentes.
Alguém que poderá ser o supremo mandatário da nação norte-americana, paiis de todas as etnias, terra da liberdade, onde as oportunidades são iguais para todos.
Cumpre-se assim o destino da América.
Todo o cuidado, porem é pouco.
Para quem viveu, com horror, os dias dos assassinatos dos Kennedy, de Martin Luther King, as guerras do Vietnã, as inúmeras intervenções que os EUA promoveram em todo o mundo nos últimos 50 anos, um pouco de cautela se faz necessária.
Assim, penso que os EUA são uma republica-banana. Só que banana de dinamite.
E faço votos que o Obama, esse líder verdadeiro que a America e o mundo merecem, possa ser aquele que, de uma vez por todas, conduza a humanidade para o bom caminho, o caminho da paz, da concórdia, da solidariedade, do respeito ao ser humano e ao planeta Terra.
Jacques Levin
Publicado no Recanto das Letras em 05/11/2008
Código do texto: T1267283