“não só quem vos odeia vos oprime e vos mata quem vos ama, não menos vos oprime, não menos vos mata."

                                                           (Fernando Pessoa)

Já nascemos com o amor, e no abrir do primeiro choro, já damos o sinal de está procurando aquela que provavelmente nos amará para toda eternidade (tendo exceções), a fim de, nos proteger de todo o mal e acalentar a alma medrosa... Depois vamos crescendo e outras pessoas se apresentam em nosso caminho e vários tipos de amor vão surgindo, o amor de irmandade, o amor de desejo, o amor de carinho, o amor próprio e o amor pelo próximo... Nesse momento começamos a sangrar pelas decepções, o irmão que nos feriu, o amigo que nos traiu, o amor que por algum motivo se acabou... E se nos tornamos pessoas exigentes é um passo a mais para sofrê-lo tanto.
 
O amor normal é condescendente... Tem paciência e compreensão... Ele espera!. Já o amor anormal o tal possessivo, que sempre vem acompanhado do “meu” destrói aos pouquinhos, faz do ser amado uma presa, nada é permitido tudo é proibido até mesmo o ar que se respira é questionado por dividi-lo com outras pessoas... O amor mata na dimensão em que a esperança fica transparente deixando de ser vista e compreendida que para tudo se requer tempo. 

Compreender os “porquês” que o amor acabou... Pesar na balança do relacionamento quem errou o que deixou o amor ir embora. 
 
“O rapaz atira na cabeça do ser amado a poucos metros de distancia... Como consegue se ele diz que a ama?” Posse?? Obsessão?? Medo??. O ato de tirar a vida do ser amado explica a guerra que há dentro da alma daquele que diz que ama?? Acabou!! Talvez ela não será de mais ninguém!! Ele está feliz?? Silêncio... O ser que ama se põe no silêncio... Enquanto que o ser amado trava uma guerra com a vida, quer viver... Quer amar de novo, quer sorrir, que abraçar a amiga e dizer: - te amo!!. Mais o ser humano é individualista, ele sempre em primeiro lugar e quando a mente é fraca tudo piora. Cultura?? Criação?? Status?? Não... Atos dessa grandiosidade não dependem de nada disso... Pessoas ditas cultas, inteligentes, calmas, amigas quem não se lembra de algum conhecido ou mesmo fato ocorrido consigo ou com pessoas próximas que nos deixaram surpresos pelos atos e comportamentos em prol do tal do amor... Aquele que se disfarça que ameaça... Isso é amor??
 
O amor tem o poder de nos acordar para a vida, nos faz sentir importante... Olhos brilhantes, sorriso sincero... O amor amadurece no ser humano e com a ajuda do tempo o faz compreender suas fraquezas e suas virtudes... Existem pessoas para casar e ter filhos... Existem pessoas para simplesmente amar... Existem pessoas para nos fazer vivos! 
Talvez poucos que aqui estão me lendo, irão me compreender...
 
Prefiro me sentir amada por aquele me faz sentir viva...
 
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 18/10/2008
Reeditado em 04/06/2010
Código do texto: T1235898
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