A SOCIEDADE PÓS - SUPERFICIAL
Conforme o Aurélio...
Alguém poderia interromper a frase para questionar: “Conforme o Aurélio de novo?!” - E por que não, conforme o pensamento do próprio autor?
Resposta: É claro que, Poderia. Aliás, em cada texto publicado no Recanto das Letras, deselvolvo o próprio pensamento!
Entretanto, estou analisando os problemas atuais, conforme a visão do conjunto da sociedade que conta com excelentes pensadores.
Gosto de fazer referência ao Aurélio, na definição de vocábulos, porque:
Em primeiro lugar, o Aurélio é o dicionário mais comum à classe social na base da pirâmide – o Governo distribuiu gratuitamente a edição do minidicionário escolar - século XXI, aos estudantes do primeiro grau. Entretanto, existem outras fontes de pesquisa, igualmente confiáveis.
Em segundo lugar, é necessário refletir em público, a partir do significado de cada termo, conforme uma fonte confiável. Jamais a partir de pressupostos pessoais do autor do artigo.
Assim, conforme o Aurélio, superficial significa, entre outras coisas, “pouco profundo”, “sem seriedade", "leviano”.
Antes do advento da internet a sociedade estava “levando a vida” com “pouca profundidade”, “sem seriedade” ou mesmo com “leviandade”;
após a internet teve início um período na história humana que viver de forma “leviana”, “sem seriedade” ou com “pouca profundidade” ficou para trás - os formadores de opinião, os cientistas sociais, os pensadores, etc; ainda não estão fazendo referências a ela. Contudo, a Sociedade Pós - Superficial já é uma "dura" realidade.
Outra pessoa poderia pensar: “Qual é meu! ‘As muitas letras te fazem delirar’?”.
Observação: Um dos melhores indicadores do pensamento social é a produção musical.
Independente do estilo musical, quando alguém compõe e grava é porque existe mercado - é a "lei" da oferta e da procura.
Em 2003, entre os maiores sucessos do mercado estavam algumas músicas que, passaram sem que fosse possível saber o objetivo principal;
a primeira delas falava sobre: “a jumenta pocotó”;
a segunda: “tô nem aí, tô nem aí”.
Um pouco antes, já eram perceptíveis sinais de superficialidade na cultura musical cristã "evangélica": não mais se trata de música sacra, mas música “gospel”.
Algumas letras consideram o DEUS Altíssimo como alguém humano: não mais o SENHOR, mas “o meu bem querer”.
Fora do meio “gospel”, havia uma música infantil que dizia: “e tudo o que eu quiser, o ‘cara lá de cima’ vai me dar”.
Existem músicas evangélicas sem objetivo algum: “descendo a ladeira, descendo a ladeira não consigo parar; subindo a ladeira, subindo a lladeira é preciso louvar!”.
Há algum tempo uma música “gospel” bastante tocada dizia: “Já molhei o travesseiro e não consigo dormir; estou voltando pra casa, não feche a porta pra mim”.
Entretanto, considerar apenas a cultura musical, poderia parecer algo pessoal.
Portanto, pense no sistema financeiro:
Antes, havia escassez de crédito no comércio e, foram surgindo os “cartões de crédito” –
Atualmente, sobram cartões e pessoas endividadas.
Antes, passávamos em frente às lojas e algum funcionário nos assediava na tentativa de “descolar” alguma venda -
Hoje, o funcionário de alguma “financeira” arrisca “enfiar em nosso bolso” algum “empréstimo”.
TUDO SEM CONSULTA AO SPC OU SERASA.
Antes se comprava um carro a prazo com a primeira prestação trinta dias após a compra. Hoje, o valor da entrada é parcelado em “suaves prestações”.
Quem esta com mais de quinze anos de idade, deverá lembrar que, antes do ano dois mil, a vida a dois ainda era um sonho “desbotado”; Hoje, a gente “fica” e se não der certo “ficar”
SAIRÁ por aí, “deixando a vida nos levar” – “SE DEUS QUISER”.
Está escrito: “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tiago 4:14).