ESTUPRO

Estamos abordando algumas questões delicadas,

as quais, num primeiro momento

podem até mesmo causar “náuseas”;

entretanto,

talvez esses problemas tenham se multiplicado de forma assustadora, porque não fazem parte das discussões cotidianas da sociedade, especialmente na base da pirâmide social

(onde suas conseqüências negativas

adquirem uma cor mais sombria).

Nos anos sessenta e setenta,

quando o cinema estava no auge,

foi transformado no principal “instrumento” da indústria cultural de consumo,

a fazer parte da vida social na base da “pirâmide”.

Quem fez parte daquela geração

deve lembrar que entre as exibições de maior sucesso estavam os filmes retratando o velho oeste ou luxuosos cenários do primeiro mundo

com suas histórias de espionagem – onde eram comuns, “mocinhos” agarrando mulheres jovens ou não.

O enredo levava sempre ao mesmo ponto:

após a primeira reação de surpresa e rejeição,

a atriz se “derretia” toda com um tremendo “beijo na boca” dado pelo violador.

O cinema brasileiro, após a era de ouro das comédias engraçadas, passou a produzir filmes de “sexo”, onde era comum o homem “agarrar” a mulher (de forma brutal ou não)

– o desfecho era o mesmo:

após um tremendo “beijo na boca”,

a mulher se entregava totalmente.

Independente de ser

psicanalista,

sociólogo

ou cientista social,

é evidente que no imaginário popular,

foi construído alguns "princípios" básicos:

em primeiro lugar, o homem pra ser “macho” mesmo

tem que “andar por aí” “agarrando” todas as mulheres que quiser.

Em segundo lugar a vida é “assim mesmo”:

o homem é pra “pintar o sete”;

a mulher pra cuidar dos filhos que o homem fizer

– inclusive, aceitar e tratar bem a “outra” e os filhos da outra.

Em terceiro lugar, a mulher gosta é de um homem “decidido”; após a primeira reação negativa,

ela se “derreterá” toda, nos braços do “garanhão”.

Neste momento do discurso, algum internauta poderá interromper perguntando:

“Afinal, você se propôs a falar sobre o estupro ou sobre a antropologia das relações entre homens e mulheres?”.

Resposta:

Enquanto os religiosos de plantão se apressam pra dizer que o estupro é um pecado

e, a sociedade em geral, se apressa para dizer que é um crime hediondo;

achamos que é necessário descer à raiz do problema para entender porque a sociedade

(no terceiro milênio),

por um lado se apresenta como “evoluída” enquanto “tolera” algo tão indigno quanto o estupro.

Conforme a Enciclopédia Barsa, Estupro é um “Crime que consiste em conjunção carnal obtida com violência,

realizada com parceira ou parceiro involuntário, em geral sob condições de inferioridade física ou emocional”.

Portanto, é necessário uma melhor compreensão do problema e sua inclusão na “agenda popular”

– porque a forma como é tratado, este e outros problemas,

não passa de um paliativo.

Em nossa abordagem sobre Pedofilia,

avaliávamos certas “medidas paliativas” que,

também poderão ser aplicadas ao caso do estupro

– caso dependamos dos religiosos de plantão ou da opinião popular:

O primeiro grupo dirá que ESTUPRO é um pecado.

O segundo grupo dirá que é um CRIME hediondo

– solução:

os dois grupos organizariam algum movimento de protesto contra os “estupradores”,

a mídia e elite social, daria o seu “apoio” “integral”;

alguma ONG faria uma campanha de arrecadação de fundos em prol das vítimas de “estupro”;

o congresso aprovaria uma lei mais "rigorosa" contra tais crimes

e, na calada da noite os estupradores continuariam com vida dupla: diante das luzes, “cidadãos” “respeitáveis”,

nos bastidores,

portadores de distúrbios psíquicos.

Algum “simpatizante” da causa (?!)

– da mesma forma que existem simpatizantes do “nazismo”,

existem os que na prática não “estupram”;

mas na teoria “acham uma coisa normal”.

Continuando,

algum “simpatizante” da causa

(que tenha acesso a este discurso),

poderia questionar:

“Puxa titio, você pegou pesado!”.

Resposta:

DEUS não criou o homem para viver fazendo isso.

O SENHOR JESUS falou:

“Ouvistes que foi dito:

Não adulterarás.

Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração,

já adulterou com ela.

Se o teu olho direito te faz tropeçar,

arranca-o e lança-o de ti;

pois te convém que se perca um dos teus membros,

e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.

E, se a tua mão direita te faz tropeçar,

corta-a e lança-a de ti;

pois te convém que se perca um dos teus membros,

e não vá todo o teu corpo para o inferno”

(Mateus 5:27–30).

ELE falava no caso de uma relação “normal”,

onde o homem corteja a mulher do próximo;

Imagine algo tão indigno como ESTUPRO?!

Está escrito:

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto;

quem o conhecerá?

Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração,

eu provo os pensamentos;

e isto para dar a cada um segundo o seu proceder,

segundo o fruto das suas ações”

(Jeremias 17:9 – 10).

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 25/06/2008
Reeditado em 11/11/2008
Código do texto: T1050484
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