O plano infalível do Brasil para enriquecer a Europa
Era uma vez um mundo estranho e repleto de reviravoltas, onde a União Europeia, após anos de austeridade, economia planejada e contas equilibradas, decidiu que precisava aprender o verdadeiro caminho para a prosperidade. E quem melhor para ensinar isso do que o Brasil, esse grande gênio da administração financeira mundial? Após extensas reuniões de cúpula, regadas a vinho francês e cerveja alemã, os líderes europeus chegaram a um consenso: convidariam ninguém menos que Fernando Haddad, o economista de confiança do governo brasileiro, para ministrar um curso intensivo sobre "Como gastar sem limites e ainda acreditar que está tudo bem". Lula, entusiasmado, ofereceu-se como palestrante especial, prometendo revelar segredos que nem o FMI conhecia.
No dia da inauguração do evento, Haddad chegou vestindo um terno comprado em suaves prestações no carnê. Ao seu lado, Lula sorria enquanto segurava um panfleto colorido com o título "Gastar é um direito humano!". No auditório, economistas suíços, banqueiros ingleses e ministros alemães cochichavam entre si, ansiosos para aprender a fórmula mágica.
— Meus amigos europeus! — começou Haddad. — Vocês estão errando feio! Essa história de gastar menos do que arrecadam? De reduzir déficits? Isso é coisa do passado! O futuro é imprimir dinheiro e criar auxílios para tudo! Vocês já pensaram num "Auxílio Queijo Camembert" na França? Ou um "Bolsa Oktoberfest" na Alemanha? O povo precisa consumir para que a economia gire!
Os europeus se entreolharam confusos.
— Mas, senhor Haddad... — interrompeu um economista sueco. — Se imprimirmos mais dinheiro sem controle, não causaremos inflação?
— Fake news! — rebateu Lula, acenando com um charuto cubano. — No Brasil, imprimimos dinheiro, gastamos sem freio e está tudo maravilhoso! Se faltar dinheiro, criamos mais impostos! O segredo é nunca deixar de gastar. E outra: inflação é só um detalhe! Quem precisa de estabilidade quando se tem PIX?
Empolgados, os líderes europeus decidiram aplicar a receita brasileira imediatamente. O Reino Unido criou o "Bolsa Chá da Tarde". A Itália lançou o "Auxílio Pizza e Prosecco". A Alemanha, um pouco relutante, adotou o "Seguro Cerveja para Todos". E para bancar tudo isso? Simples: taxaram ainda mais os ricos, os empresários, os autônomos e qualquer cidadão que ousasse ter uma conta bancária sem saldo negativo.
O resultado foi imediato. Em apenas três meses, a inflação europeia atingiu níveis inéditos. O euro passou a valer menos que um real, algo considerado impossível até então. A Alemanha viu sua indústria evaporar, enquanto a França teve que vender o Louvre para um sheik árabe. A Inglaterra cogitou voltar ao feudalismo, e Portugal, desesperado, tentou ser anexado ao Brasil para ver se havia alguma vantagem no caos.
Enquanto os líderes europeus choravam diante do colapso, Haddad olhava satisfeito para os gráficos que subiam vertiginosamente.
— Viu só? Os números estão crescendo! — exclamou, sem perceber que se tratavam dos índices de miséria e desemprego.
Lula, por sua vez, levantou-se e, com um sorriso triunfante, declarou:
— Meus amigos, vocês finalmente aprenderam! Agora são verdadeiros discípulos da gastança. E eu digo mais: quem precisa de crescimento econômico quando se pode viver de narrativas? Sigam esse caminho e, um dia, talvez consigam até superar a Argentina!
Desesperados, os europeus imploraram por um plano de recuperação. Mas era tarde demais. No dia seguinte, Haddad e Lula já estavam de volta ao Brasil, sendo recebidos como heróis.
E assim, pela primeira vez na história, o Brasil conseguiu exportar algo único para a Europa: um modelo econômico que não funciona.