Aula de Educação Sexual no Recanto das Letras.
Ah, se a juventude tivesse tido aulas de educação sexual, talvez não houvesse tanta gravidez precoce e indesejada, nem doenças sexualmente transmissíveis se proliferando. Lembro das minhas aulas na oitava série, com uma professora de ciências que assumiu esse papel de forma bem provocante. Ela adorava me colocar pra fora da sala. Uma vez, quando solicitou minha retirada, estava frio, muito frio, e disse para eu ir tomar um sol lá fora. Ao passar pela porta, respondi: “mas eu esqueci meu protetor solar”. Soube pela turma que ela não se aguentou ao fechar a porta e riu, exclamando um palavrão: “Esse muleque é foda!”
Nas aulas, ela simulava com uma garrafa ou um pênis de borracha – já não me lembro – como se coloca uma camisinha. Era constrangedor e aproveitávamos para tirar sarro dos amigos. Ainda bem que não precisei dessas aulas para aprender como fazer. Uma vez, ao mostrar uma foto de uma vagina ilustrativa, um rapaz passou mal e todos diziam que ele tinha vaginofobia! A educação sexual é fundamental para conduzir à naturalidade e entender que trazer outro ser humano ao mundo carrega uma grande responsabilidade; é talvez o projeto de vida mais importante.
Em toda minha insanidade, tenho o mérito de não ter nenhum filho, embora haja lugares que é melhor eu não revisitar. Muitas vezes, foi mais por sorte do que por juízo. Mas, de modo geral, sempre fui consciente sobre a prevenção, ou no máximo, esperto e rápido o bastante para comprar uma pílula do dia seguinte. E como seria importante que as garotas colegiais tivessem aulas de educação sexual para conhecerem não só seus corpos, mas também seus prazeres e limites. Ah, como eu gostaria de ser professor delas na prática! Brincadeira, eu brinco. Esse tipo de beleza jovial, florescente e pubescente me apetece, mas jamais teria coragem. Só se eu não soubesse da idade, como já aconteceu com mensagens de fotos, mas não se consumou exatamente pelo meu tino ético.
Os adolescentes acham que xvideos é um tutorial de sexo. Mulher não é um pedaço de carne. No máximo, o que reflete o sexo real em sites pornôs são os vídeos amadores que vazam, e não é à toa que costumam ter apenas alguns minutos, porque refletem a realidade. Falei de sexo oral masculino, mas o feminino é muito, muito mais delicado. A vagina é extremamente sensível, o clítoris hipersensível, e é fácil machucar sem lubrificação. Então, uma mulher despreparada não deve ser exposta a alguém metendo a língua ali do nada; isso com certeza não deve ser nada agradável. É preciso saber estimular a região ao redor até que esteja devidamente lubrificada para posteriormente a degustação do paladar e da língua, seja completa.
Uma foto de uma amiga que irei compartilhar me lembrou, de forma lasciva, desse órgão tão sensível, delicado e erógeno. Com uma aparência convidativa, é preciso saber degustar e apreciar com a delicadeza que seu formato e essência merecem, para que o sabor e o momento não sejam desperdiçados e o prazer não se torne doloroso. Olha a sensualidade lasciva dessa imagem!
Olhando essa foto, é quase irresistível cair de boca, apreciar, mordicar, lamber e tocar com a ponta dos lábios. Mas essa frutinha tão delicada, esse morango clitóris, é tão pequena e preciosa. Deve ser tratado com a delicadeza de quem alisa uma pétala de rosa ou quem está formando uma bolha de sabão, aproveitando o deleite de apreciá-lo lentamente, esse fruto divino.
Ao olhar a imagem, minha vontade é de manter esse fruto na boca, tocando suavemente com os lábios para não ferir, sentindo seu sabor voluptuoso com a língua, talvez doce e almiscarado ao mesmo tempo, mas na prática, pode ser salgado. Ah, se eu fosse sortudo de ter esse fruto nos lábios, eu saberia apreciá-lo sem pressa, até que se dissolvesse em êxtase na minha boca. Com certeza, o suco desse fruto, seu líquido, deve ser saboroso e quente.