COMO TER BOA MEMÓRIA
Tudo é uma questão de relacionar isto com aquilo, dizem as teorias dos cursos de memorização. Aqui vai o meu método. Esmeralda é também nome de uma pedra preciosa. Margarida e Rosa são flores. Flávia, como é bem magrinha, fica associada a caniço. Sílvia, com o seu jeitão meio de homem, tiro da lista, cai no esquecimento, sem problemas. Para Laura, a dos fins de semana, a chave fica sendo o domingo. Regina, lá de cima dos seus 1,80 de altura, tem a atividade de troca de lâmpadas facilitada, é facilmente relacionada à palavra luz. Pronto. Agora escrevo o nome delas em um papel, com os respectivos telefones ao lado, guardo em um local que, com certeza, não vou esquecer e saio com Sandra Inês Q. Sível . Cheio de possibilidades assim, eu vou lá ficar perdendo tempo concebendo métodos de memorização?
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MEMORIZAÇÃO - casos 1
- Aquele outro fez um curso de memorização. Não, fez logo três para se garantir. Acabou se deparando com métodos diferentes na essência, mas que convergiam para o mesmo gancho: a confecção de frases para serem fixadas e posteriormente, transformadas em números que assim seriam fácil mente lembrados.
Como era criativo, apesar de muito esquecido, resolveu conceber o seu próprio sistema, reunindo o que havia de melhor em cada um dos três cursos.
Mal tinha estabelecido o seu método, conheceu na praia uma moça interessante. Ao se despedirem, lá pelo meio-dia, ficou com o telefone dela, que, para não se esquecer, foi imediatamente transformado na frase: bebê na grama brincando com agulha e linha.
Seu programa na praia se estendeu até o final da tarde - "bebê na grama brincando com agulha e linha - não posso me esquecer da frase". Voltando para casa, parou num bar para uma refeição ligeira com amigos. - "bebê na grama brincando com agulha e linha". Em casa, tomando banho, repetia em pensamento, a todo instante, como uma ladainha, as palavras que continham a chave para, de imediato, se lembrar do telefone e ligar para ela.
Assistiu um pouco de televisão fazendo hora, para telefonar, conforme combinado. Lá pelas nove, pegou o telefone, animado - bebê na grama brincando com muita agulha e linha. Não, não. Não tinha a palavra "muita". Mas... como decodificá-la? Como transformá-la agora em números, já que por preguiça ou esquecimento, não havia registrado por escrito o seu sistema de memorização? Esquecera por completo o seu método. Bebê significava 27 ou 521? Grama era 84, 41 ou 07? E, brincando com agulha e linha? Tentou algumas combinações e nada. Todas deram errado. Não conseguiu contato, nunca mais se viram. Até hoje se lembra perfeitamente do acontecido, da fisionomia dela, e, por incrível que pareça, não se esqueceu da frase, agora inútil: neném na lama brigando com a gorilinha.
*****
MEMORIZAÇÃO - casos 2
- Você que é professor de memorização, me ajude a decorar o nome e o telefone daquela garota com quem eu estava dançando. Não confio na minha cabeça.
- Diz aí.
- Ela se chama Linda e seu telefone é: 276-8314.
- Vou facilitar a coisa para você. Primeiramente, o nome dela. A segunda parte da música "Chega de Saudade" do Tom, aquela em que o Copinha colocou uma introdução de flauta, é: "mas se ela voltar, que coisa linda...", pois então! Linda, fácil, não?
Você disse que o telefone é 276-8314. Dois é um número que quase todo telefone tem no início, até aí tudo bem.
Setenta e seis foi o ano em que a Nadia Comanecci foi proclamada a melhor ginasta das Olimpíadas. Para os dois seguintes - oito e três - você usa a multiplicação. Oito vezes três é igual a vinte e quatro, que é igual a duas dúzias e dois é número de pernas que você tem. É só fazer a operação inversa. O número seguinte, um, sai da frase: "Colombo botou um ovo em pé".
Para terminar, qual era o time do Flamengo em 1958? Fernando, Tomires e Pavão; Jadir, Dequinha e Jordã; Joel, Moacir, Henrique, Dida e Babá. Quem era a estrela do time? o Dida, certo? A letra "d", inicial do seu nome, é a quarta do alfabeto. Está aí o número quatro. Recapitulando...
- Calma lá, amigo. É melhor eu escrever o telefone logo. Me empresta a chave do seu carro, que eu vou até lá para anotar. Qual é mesmo a placa?
- O número da placa do meu carro? É... espera aí. Minha terra tem palmeiras onde canta o...
- O número da placa, cara. Diz logo. Vai ficar aí recitando poesia? Vou acabar esquecendo o telefone da Bela.
Tudo é uma questão de relacionar isto com aquilo, dizem as teorias dos cursos de memorização. Aqui vai o meu método. Esmeralda é também nome de uma pedra preciosa. Margarida e Rosa são flores. Flávia, como é bem magrinha, fica associada a caniço. Sílvia, com o seu jeitão meio de homem, tiro da lista, cai no esquecimento, sem problemas. Para Laura, a dos fins de semana, a chave fica sendo o domingo. Regina, lá de cima dos seus 1,80 de altura, tem a atividade de troca de lâmpadas facilitada, é facilmente relacionada à palavra luz. Pronto. Agora escrevo o nome delas em um papel, com os respectivos telefones ao lado, guardo em um local que, com certeza, não vou esquecer e saio com Sandra Inês Q. Sível . Cheio de possibilidades assim, eu vou lá ficar perdendo tempo concebendo métodos de memorização?
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MEMORIZAÇÃO - casos 1
- Aquele outro fez um curso de memorização. Não, fez logo três para se garantir. Acabou se deparando com métodos diferentes na essência, mas que convergiam para o mesmo gancho: a confecção de frases para serem fixadas e posteriormente, transformadas em números que assim seriam fácil mente lembrados.
Como era criativo, apesar de muito esquecido, resolveu conceber o seu próprio sistema, reunindo o que havia de melhor em cada um dos três cursos.
Mal tinha estabelecido o seu método, conheceu na praia uma moça interessante. Ao se despedirem, lá pelo meio-dia, ficou com o telefone dela, que, para não se esquecer, foi imediatamente transformado na frase: bebê na grama brincando com agulha e linha.
Seu programa na praia se estendeu até o final da tarde - "bebê na grama brincando com agulha e linha - não posso me esquecer da frase". Voltando para casa, parou num bar para uma refeição ligeira com amigos. - "bebê na grama brincando com agulha e linha". Em casa, tomando banho, repetia em pensamento, a todo instante, como uma ladainha, as palavras que continham a chave para, de imediato, se lembrar do telefone e ligar para ela.
Assistiu um pouco de televisão fazendo hora, para telefonar, conforme combinado. Lá pelas nove, pegou o telefone, animado - bebê na grama brincando com muita agulha e linha. Não, não. Não tinha a palavra "muita". Mas... como decodificá-la? Como transformá-la agora em números, já que por preguiça ou esquecimento, não havia registrado por escrito o seu sistema de memorização? Esquecera por completo o seu método. Bebê significava 27 ou 521? Grama era 84, 41 ou 07? E, brincando com agulha e linha? Tentou algumas combinações e nada. Todas deram errado. Não conseguiu contato, nunca mais se viram. Até hoje se lembra perfeitamente do acontecido, da fisionomia dela, e, por incrível que pareça, não se esqueceu da frase, agora inútil: neném na lama brigando com a gorilinha.
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MEMORIZAÇÃO - casos 2
- Você que é professor de memorização, me ajude a decorar o nome e o telefone daquela garota com quem eu estava dançando. Não confio na minha cabeça.
- Diz aí.
- Ela se chama Linda e seu telefone é: 276-8314.
- Vou facilitar a coisa para você. Primeiramente, o nome dela. A segunda parte da música "Chega de Saudade" do Tom, aquela em que o Copinha colocou uma introdução de flauta, é: "mas se ela voltar, que coisa linda...", pois então! Linda, fácil, não?
Você disse que o telefone é 276-8314. Dois é um número que quase todo telefone tem no início, até aí tudo bem.
Setenta e seis foi o ano em que a Nadia Comanecci foi proclamada a melhor ginasta das Olimpíadas. Para os dois seguintes - oito e três - você usa a multiplicação. Oito vezes três é igual a vinte e quatro, que é igual a duas dúzias e dois é número de pernas que você tem. É só fazer a operação inversa. O número seguinte, um, sai da frase: "Colombo botou um ovo em pé".
Para terminar, qual era o time do Flamengo em 1958? Fernando, Tomires e Pavão; Jadir, Dequinha e Jordã; Joel, Moacir, Henrique, Dida e Babá. Quem era a estrela do time? o Dida, certo? A letra "d", inicial do seu nome, é a quarta do alfabeto. Está aí o número quatro. Recapitulando...
- Calma lá, amigo. É melhor eu escrever o telefone logo. Me empresta a chave do seu carro, que eu vou até lá para anotar. Qual é mesmo a placa?
- O número da placa do meu carro? É... espera aí. Minha terra tem palmeiras onde canta o...
- O número da placa, cara. Diz logo. Vai ficar aí recitando poesia? Vou acabar esquecendo o telefone da Bela.