A Prática do Relato
Do Blog Leitura & Literatura: Arte de Escrever
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Uso autorizado.
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A PRÁTICA DO RELATO
[Relato: descrição, narração, conto]
Escrever é uma tarefa demasiado difícil para a maioria. Em seguida, ofereço-lhes algumas sugestões que facilitam o trabalho do escritor novato.
Não é preciso advertir que as seguintes propostas não servem para nos converter em grandes literatos, desses que ocupam alguma linha nos tratados de literatura. Porém, garanto-lhes que, se as pusermos em prática, quando os amigos lerem nossos trabalhos eles se surpreenderão por não encontrar nas folhas um Titanic carregado de chumbo.
Eis aqui alguns conselhos:
1–Escrever com naturalidade, como se contássemos de viva voz, evitando o excesso de “literatura”.
2–Narrar com sinceridade, até conseguir que o leitor se coloque no lugar do narrador, personagem, etc.
3–Ao reproduzir diálogos, é preciso reduzi-los ao essencial e prescindir de suas típicas imprecisões, mantendo um vocabulário claro, preciso e adequado.
4–Prescindir da típica redação de caráter impessoal, puramente informativa, assim como do estilo retórico exagerado, que diminui a verossimilhança do texto e satura o leitor.
5–Dosar o lirismo, que é um estorvo quando se lhe pretende converter em protagonista do relato.
6–Humanizar os textos mediante palavras como: quem sabe, talvez, possivelmente, provavelmente…
7–Estabelecer algumas situações que deixem dúvidas no leitor, sem abusar delas. Como é natural, iremos resolvendo essas dúvidas progressivamente.
8–Preencher a narração com palavras e frases concretas, originais, surpreendentes, que possam ser facilmente projetáveis na imaginação. Assim o leitor não só lerá, mas se entreterá “vendo” e “vivendo” aquilo que contamos.
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N. B.: Traduzido ao português por Helton Cenci a partir do texto em castelhano de Jerónimo García Jorquera.
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(Como não sou de reproduzir textos, em respeito a direitos autorais, também para evitar redundância desnecessária, veja itens de 9 a 16 no site original. Vale conferir! Abaixo, comentários trocados, bem como autorização para uso aqui.)
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2 COMENTÁRIOS:
Helena Frenzel disse...
Legal saber que já vinha fazendo tudo isto naturalmente, sem jamais antes ter me aprofundado em teorias de contos ou literatura em geral, simplesmente seguindo a minha intuição infantil. Sim, ter o conhecimento de técnicas e teorias literárias só enriquece minha escrita, como a de qualquer um, claro. Porém, a diferença mesmo, penso, está no fato, puro e simples fato, de desde a mais tenra idade eu sempre ter gostado de ler - e tudo que me caia às mãos. Vai ver incorporei por osmose as técnicas de meus autores preferidos... Gostei muito deste texto. Posso reproduzir a introdução na minha escrivaninha, no Recanto? Lógico, com os devidos créditos e link para o original, assim o leitor interessado poderá continuar a leitura aqui. Um abraço fraterno :-)
SEXTA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2010 05H48MIN00S BRT
Helton Cenci disse...
Prezada Helena, é exatamente isso, muitas pessoas escrevem seguindo regras que nunca estudaram, pois é um processo natural. No mais, sinta-se à vontade para reproduzir qualquer texto deste blog! Abraços.
SEXTA-FEIRA, 2 DE ABRIL DE 2010 12H45MIN00S BRT