EMPECILHOS DE PALAVRA

– para a Graça Baeta, no RJ.

Ainda bem que entendeste o que eu quis dizer em linguagem metafórica, no GINETEANDO A IDEIA: http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/1944290

Toca o barco. Lê muito. E escreve bem menos do que o esforço de leitura, por ora. Deixa as palavras novas morarem nos teus neurônios. Elas voltarão com a tua marca pessoal.

Haverá o “intertexto”, a aglutinação do texto lido e o que surge após: a tua recriação.

Qual o teu nível de escolaridade?

Percebo que tens alguma dificuldade com as palavras (com a escrita delas) e há necessidade de alguma correção gramatical e funcional. Porém, te comunicas bem.

Não seria a hora de voltar à escola para aprimorar o teu talento?

Percebo que gostas de escrever. Pelo pouco que me disseste, parece que a tua história pessoal é rica para ser levada à novela ou ao romance. Longas opressões conjugais – como parece ser o caso – são excelente material para a elaboração literária.

Porém, não permaneças amarga, e se o fores permanentemente, não deixes que o teu leitor fique sabendo das amarguras.

Poucas pessoas querem saber dos problemas dos outros. Querem, sim, é ler algo bem escrito, rico em propostas experimentais. Mesmo que saibam que a literatura não se aplica diretamente ao plano da realidade, se identificarão com os teus apertos emocionais.

Por ora, devido aos impedimentos de palavra, continua com os versos e a prosa curta. Eles são um bom caminho para o texto mais longo.

A Poesia é o respiro da palavra. Sua reflexão de proposta e sentidos muito ensina aos seus afeiçoados, desde que não sejam apressados.

Quem se apressa bebe água suja.

– Do livro DICAS SOBRE POESIA, 2009.

http://www.recantodasletras.com.br/tutoriais/1945072