A insensatez da violência
Estava assistindo um filme infantil com minhas filhas e de repente surge um homem sobre uma pinguela (pequena ponte), impedindo que um jovem por ela passasse. Formou-se, então, um cenário beligerante: ambos pegaram as lanças e com elas começaram a lutar.
Na medida em que a briga prosseguia, as lanças iam se quebrando e ambas diminuindo de tamanho...
Por fim, cada lança tinha pouco mais de 20 cm. Com elas, os valentes batiam um no dedo do outro.
Achei de insigne valor esse excerto que retrata, nada mais, nada menos, a insensatez da violência. Esta, via de regra, começa por motivos fúteis, insanos mesmos; e refletem ângulos perceptivos diferenciados...
O que subjaz a essa postura é, sem dúvidas, o desejo narcísico de sustentar a razão de um ego que, na mesma medida em que revala sua pseudo força, demonstra quão fragilizado se encontra naquele momento.
Um queria passar pela ponte; o outro, se achava dono dela.
Quem faz seu caminho é o próprio caminhante e é no caminhar que ele acontece...
Portanto, se a vida obstruir o caminho, faça dele um caminho novo, reinventando uma ponte alternativa...que conduzirá a uma terra mais amistosa e aprazível.