ESCREVER É PURA DIVERSÃO!

Por conta de procurar uma editora que possa colocar meu livro "Extrema Perfeição" nas livrarias, tenho, por esses dias, feito muita pesquisa no Google, buscando endereços e informações sobre linhas editoriais. Dessa forma, acabo descobrindo também muitos sites bacanas, que dão dicas de como conseguir uma boa editora, de como enviar os originais do livro de modo que chame a atenção dos editores. Percebo também que a quantidade de escritores frustrados nesse país é enorme. Volta e meia leio depoimentos de pessoas que escreveram um livro e não conseguiram publicá-lo, e isso faz com que elas, de certa forma, se tornem amargas e pessimistas, sem esperança de um dia conseguir realizar o sonho de ser publicado e ver seu livro nas livrarias.

Um dia desses, D. Fátima, minha patroa, disse-me que eu não sossegaria enquanto não me tornasse famoso. Sabe que isso me deu uma vontade tremenda de rir?... É que eu nunca pensei que o fato de escrever um livro pudesse me tornar famoso. É claro, ela provavelmente falou assim porque sabe das minhas incursões pelo território da música (se você não conhece minhas composições, aqui no meu perfil tem quatro canções - não perca a chance de dar boas gargalhadas!). Achei engraçado porque nunca me passou pela cabeça escrever livros ou compor músicas para ficar famoso, apesar de tentar conseguir uma editora para o meu livro. Pode parecer uma incoerência da minha parte, mas não é. Então - você me pergunta - se não é pela fama nem pelos "milhões", por que motivo seria?...

É muito simples, meus amigos: eu escrevo por pura diversão! Aquelas pessoas das quais eu falei lá em cima, que se frustram por não conseguirem publicar, ficam assim porque depositam grandes esperanças na sua arte, creem piamente que se transformarão em 'best seller' instantâneo, um novo Paulo Coelho ou coisa assim, e quando veem que as coisas são bem mais difíceis do que supunham, ficam desesperançosas, perdem o tesão e acabam desistindo. Elas erram ao depositar toda sua esperança de ter uma vida melhor em algo tão abstrato quanto literatura, e quando não conseguem se revoltam e começam a falar mal das editoras, que só pensam no lucro, do povo brasileiro, que não lê, do governo, que não incentiva a produção literária...

Aprendi há muito tempo a não me levar muito a sério. Sou uma pessoa responsável, mas não espero grandes coisas de mim mesmo. Gosto de escrever, acho até que tenho algum talento (bem, mais que para a música, pelo menos!), mas não vou ficar choramingando se não conseguir que uma editora se interesse em publicar o meu livro. Penso nisso como um hobbie, que faço pelo prazer de fazer. Se disso advir algo mais, graças a Deus, que venha. É claro que eu gosto de dinheiro, como qualquer pessoa normal, e até que não seria nada mal dar entrevistas e fazer noites de autógrafos Brasil afora. Mas, se não acontecer, serei feliz da mesma forma. Como comerciário, como professor de literatura, como estivador do cais do porto ou como astronauta. Darei boas gargalhadas com meus amigos, beberei o meu vinho no domingo, irei ao cinema com D. Fátima, e, claro, namoraremos um bocado. E também escreverei outros livros, nem que seja somente para os amigos lerem. O que, convenhamos, já é grande coisa. Ficar frustrado nunca combinou muito comigo, eu quero mais é me divertir. Sem me levar a sério demais, sem pensar em fama ou dinheiro, apenas pura diversão. Ninguém precisa de mais para ser feliz.