... EU JOGUEI PEDRA NA CRUZ !..

Fim de aula. Na noite, como eu havia trazido o equipamento de filmagens, não ia poder fazer aquilo que eu tanto gosto. Andar. E andar por aqui a noite, é simplesmente, uma delícia. (Principalmente se não tiver chovendo). Teria que voltar prá casa de busu. Não que eu não goste, não é isso. Mais é que os ônibus por aqui, só andam lotados. E esperar passar um mais ou menos vázio, seria pedir demais. Joguei a sacola nas costas,(Como papai noel), e fui.

Resolvi andar até a praça do Campo da Polvora, por lá, as opções são várias, e ai quem sabe, eu tinha mais sorte.

Depois de muito esperar,(Eu saira da aula as 21:hs, e já passava das 21:45). Enfim, peguei um ônibus prá paripe. (Serveria, é via liberdade, prá mim, caía como uma luva, fui). O busu, não estava tão cheio. Achei um asento e me arrumei, por alí mesmo. Durante o trageto, foi ficando mais apertado, principalmente prá quem estava em pé. Naquele horário, era comum as escolas noturnas darem um basta e banir a rapaziada prá os quinto dos .... E eles estavam chegando em bandos.

Entrou um baleiro, que mesmo vendo tudo mais ou menos apertado, queria por que queria, vender suas balinhas. Um cara, correu prá entrar pela porta da frente, ele tinha duas latas de 18 lts. cheias de amendoins cozidos. Uma senhora, surgiu, trazendo quatro crianças pela mão e uma outra no colo. O busu parou em frente a uma igreja evangelica, pronto, foi a gota d'água. Lotou. Começou a chiadeira. Uns gritavam prá levar direto. Outros, prá não fechar a porta. Tinha gente que nem passava na borboleta. Travou tudo. Prá melhorar,(Não dizer o contrário). Começou a chover. Caos. Correram e fecharam todas as janelas.(Até a do teto). Tirei da sacola, um classificador, prá me abanar. A garota do lado, gostou. Sorriu e pendeu um pouco o pescoço pró lado direito.

Bateu um estalo direpente. (Ligar a câmera, captar alguns flagrantes naquele inferno). Peguei a pequena. Fiz o foco. A bateria estava descarregada. Que porra!.