NO ELEVADOR,........VOCÊ É QUEM SABE. !

O Trânsito nas grandes capítais, já se comentam de outros carnavais, cada dia fica mais caótico. Aqui, não seria o contrário. Ao saír logo cêdo, noto muita gente de mau humor. (Também puderas, acordar cêdo, já é uma porra, e ficar horas em engarrafamentos, pior ainda). A mim, não encomoda. Vou sempre a pé. É divertido, faz bem prá saúde, vou olhando as novidades, paquerando, (Muuuiiitttooo). Enfim, adoro. (Menos quando tá aquele toró, porque ninguém é de ferro). Pegar o elevador então, acho o máximo.

Prá quem não conhece a capítal baiana, aqui há um dos maiores pontos turísticos do país. O famoso "Elevador Lacerda". Inaugurado em 1873, tornou-se, parada obrigatória prá quem nos visíta. A subida é rápida. O gostoso mesmo é esperar pela vêz na fila. Normalmente isso acontece debaixo de sol ou chuva.

Na parte de cima da cidade, a espera na fila se dá em frente ao prédio da Prefeitura da cidade, do prédio da câmara de vereadores e do palácio Rio Branco. Na parte de baixo da cidade,(Aqui há cidade alta e cidade baixa, coisa nossa). A espera se dá em frente ao Mercado Môdelo, Primeiro Distrito Naval, e ao lado da Igreja da Conceição da Práia,( Padroeira da cidade). Um luxo só, não?.

Num desses dias, como de costume, cheguei na gostosa fila, (Há algo mais gostoso, de que tá numa fila?). Havia mais ou menos umas duzentas pessoas na minha frente. (Só estavam funcionando duas gabines, as outras duas em manutenção). A última pessoa era uma morena que pelo amor de Deus. Para cada lado que ela virava-se, era um fleche. Cabêlos longos, (Abaixo da bunda uns dois palmos, e que bunda). Uma sainha estampada que dava o que falar. Blusinha curta tomara que caía. Percatinha de couro. Uma tiara combinando com a cor da plusa, (Amarela). Segurando umas quatro sacolas de compras. Um espetáculo. Logo, eu como bom negro, baiano, rastafary e observador que sou, me prontifiquei a dividir o peso. O que foi atendido na hora.

Ficamos a conversar enquanto a fila andava. Descobri onde ela se escondia,(Tratou assim o endereço). A idade,(Nem te conto). O curso que fazia,(Muito próximo do meu). As comidas preferidas,(Repetiria vários pratos). E o mais importante, o que mais gostava de fazer. (Ai eu fui prá galera).

Ajudei-a com as sacolas de marmitas que a mãe sempre enviava naquele horário para um banco. No elevador, deu-me o número do celular, dizendo-me, que poderia ligar se eu assim achasse legal. O dia começou bem !, não?.