Sejamos felizes!

Acho que nos falta, o tempo inteiro, sensibilidade pra perceber a vida.

Que perdemos tempo com insignificâncias sem notar as imensas minúcias de valor.

Que derrotamos batalhas inexistentes e negamos evidencias de belezas camufladas

Acho que deveríamos aproveitar as energias desperdiçadas em “pequenices” supervalorizadas.

Que poderíamos usá-las para o leal crescimento do ser humano.

Que conseguiríamos acreditar na facilidade da presteza da vida e valorizar as “pequenices” desprezadas

Acho que a obviedade só é nítida quando a merecemos

Que então não há porque esperarmos que a dor nos obrigue

Ou que olhos benevolentes nos percebam e um empurrão nos faça avançar

Ouçamos as vozes que emocionam, assustam e sorriem

Sintamos as peles que tocam, coram e repelem

Admitamos as mãos que se reconhecem, se esquentam e se oferecem

Permitamos os ombros que protegem, indeferem e nos adormecem

Recebamos os suores que anseiam, temem e queimam

Aprendamos com os sonos que renovam, transcendem e agoniam

Enfim, permitamos o crescimento que preenche, renova e embeleza.

Sejamos felizes!