"..SEM COR,..... SEM FOCO,...... COM LÁGRIMAS. !

Foi na base do sorteio. Minha equipe seria a última a pegar o tal envelope. Ficamos com, moradores de rua. Não que eu tivesse algo contra, nada disso. Só que como por aqui tem chovido muito, nós teriamos o tempo contra nos dois sentidos, metereologia e prazo de entrega das pesquisas. Aceitamos e fomos.

Não seria possível a utilização de luz artificial. E sabiamos que o povo de rua, só se apresentam ápos as lojas fecharem. Por aqui, apartir das 19:hs. Tinham que arriscar. Pegamos os equipamentos, subimos na picap e saimos. No momento a chuva havia dado uma trégua, mais o friu era intenso, ainda mais em cima da picap.

Como costumo saír sempre a noite, sugerir o entinerário. Para podermos aproveitar de tudo que pintasse, desde a saída, as câmaras já estavam acionadas. Usamos alguns artíficios para esconder os equipamentos.

Conseguimos algumas imagens bem interessantes. Crianças, velhos, homens e mulheres. Em alguns momentos, famílias inteiras ou em processo de formação. Rodas em bebedeiras, mulheres que ainda amamentavam, crianças usando solventes entre outras drogas, casais em amor. Há nesse mundo, algo que para quem tem tudo, talvés nunca consiga entender a afeição e solidariedade entre eles. Amparo, atenção e amor caminham com medo, aflição e total abandono. Na epresentação dos trabalhos, ouve comoção com o resultado esperado. As imagens estavam na maioria das vêzes, sem cor, desfocada e com a lente molhada. Naquela noite não chovia, mais as nossas lentes, essas sim choravam.