Pornográfico

Acordei tão cedo e com tanto tesão, parecia que o pinto ia explodir! Droga, punheta não vou bater, pensei. Virei de lado, fiz posição de útero e pensei numas orações que uma mãe-de-santo me ensinara, na infância, lá no chapadão do planalto central. Tente, tentei muito dormir...

Não houve jeito. Pensei na bunda do Fonseca, peguei o caralho do pinto e o safanei com raiva: para cima e para baixo, em momentos contínuos e bruscos, até esganá-lo. Ejaculei e me preparei para dormir novamente.

A cama me expulsava. Pulei fora e fui ao banheiro tomar banho, etc. Estava longe das seis da manhã. Diante do espelho, tempo de sobra, notei rugas, músculos flácidos e um semblante esquisito! Meus Deus, quantas mudanças na minha cara! Afastei-me do espelho e me escrutinei de longe, de perto, de longe novamente, de perto novamente... Cara de comedor de travesti! E agora? Se pelo menos eu tivesse o dinheiro do Ídolo Nacional...