Triste fim da amiga de infância

Conheci Juliana ainda na infância, eu era um garoto, e ela uma mocinha, comportada e sempre séria, lembro que naquela época nós brincávamos na cachoeira do parque de exposição, ela era minha melhor amiga, quando ela foi crescendo fomos nos distanciando, acho que isso é normal. Cumprimentávamos-nos, mas aquela amizade de criança não existia mais, quando ela fez quinze anos eu fui a igreja e também na festa, não fiquei muito tempo, percebi naquela época que não tínhamos mais nada de comum, acabou que eu me mudei para o RJ e fiquei uns cinco anos sem vê-la, mas quando tive que ir a Lafaiete acabei me esbarrando com ela, fiquei sabendo que ela tinha casado a mais de três anos com um rapaz que ela sempre dizia que ele era o amor da vida dela.

Saí do RJ e demorei mais uns cinco anos para voltar e quando tive oportunidade encontrei Juliana, já separada e morando com outro homem, segundo ela mesmo, ela agora acabara de encontrar o amor de sua vida, conversei com ela alguns minutos, até por que eu tinha muito trabalho para fazer, voltei no mesmo dia para RJ e para meu espanto três meses depois de eu ter ido a MG recebi a notícia que Juliana havia sido assassinada com nove facadas. O homem que a assassinou não se escondeu, ele a matou em praça pública, aos olhos de todos e depois saiu em direção a um bar, foi fácil para polícia pegá-lo, ele não resistiu à prisão e nem muito menos se escondeu. Simplesmente ele, o segundo marido de Juliana, a esfaqueou e foi para o bar tomar uma cerveja.

Segundo o assassino, ela descobriu que o verdadeiro amor da vida dela era o primeiro marido e resolveu tentar voltar, ele não aceitando isso a esfaqueou em plena praça. Triste fim da minha amiga de infância.