amor, louco amor
Quem já viveu alguns anos nesse planeta já percebeu, sem qualquer ponta de dúvidas, que a tessitura do mundo dos humanos é uma das coisas mais bizarras de que se tem conhecimento. Dentre elas, a maternidade é a maior. Isso porque é quase que inconcebível que a concepção seja do jeito que é: uma pessoinha surge, quase que do nada, dentro de uma outra e, a partir daí, vai crescendo e elasticando os termos de seu acquomundo até se tornar um ser igual àquele que lhe deu origem. Só isso é suficiente para assustar o ser mais desatento do mundo angelical...
Não bastasse, todo esse processo se dá banhado por um inesplicável afeto na trama mãe-filho. Por isso, não se trata de uma criança nascer; é o milagre de um ser pulsante, irreversivelmente confinado ao amor, no jogo de um inevitável intercâmbio entre alienação e separação.
Portanto, quando dizemos mãe, estamos falando de um mistério sublime, essencialmente afetuoso, inefável mesmo... e que faz a gente se sentir realizado por fazer parte desse enigmático ato de tão louco amor.
Deus abençoe as mães.