Discutindo a relação
Discutir a relação é coisa do mundo moderno e dá até um frio na espinha quando alguém diz que quer fazer isso com a gente. Nada mais é do que uma boa conversa, só que marcada com rótulo de agora é para valer, agora vamos concluir alguma coisa e essa alguma coisa vai gerar uma mudança.
Amigos também discutem a relação, colegas de trabalho e parceiros de amor, todo mundo, mesmo que com outro nome.
Mas os casais têm lá suas peculiaridades, nas relações de curta ou longa duração. Teorias minhas é claro. O que pode gerar longas discussões. Quando um dos parceiros é muito da paz, faz tudo pelo outro, acaba acontecendo um abuso, mesmo que não criminoso, da outra parte.
Então, quando o bonzinho deixa de cumprir alguma de suas tarefas ou faz algo inesperado, é motivo para peleja.
Geralmente o bonzinho sofre perseguição por qualquer coisa suspeita que faça, coisas que possam gerar ciúmes no menos obsequioso.
O foco do momento é o ciúme virtual. Ciúmes dos e-mails, do MSN, das amizades distantes na internet. Concordo que na web alguns podem ser o que realmente gostariam e comportam-se como tal. Mas raramente relações falsas resultarão em algo verdadeiro.
Não importa. A mulher de um amigo meu, ou seria de um amigo de um amigo meu, implica com tudo que ele faz no computador. Vigia o MSN dele e basta que ele vá ao banheiro para ela ir correndo dar uma fiscalizada onde ele anda clicando. Se pega uma beijoca de despedida ou um jogo on-line com um personagem feminino, faz greve geral.
Já falei para ele firmar posição, chamá-la para discutir a relação. Ele responde na hora:
- Estás louca, vai que ela me tire o computador.