Sobre anjos e demônios...

Falarei agora sobre dois tipos de criaturas das mais curiosamente conhecidas e admiradas, de muitas formas, em todo o mundo: anjos e demônios.

Antes quero avisar que não estou aqui para falar de diabinho com pele vermelha, chifrinhos, rabo e cheiro de enxofre; ou querubins de cachinhos dourados, pele de bebê e auréola na cabeça. Se estiver interessado nesse tipo de coisas, então está lendo o texto errado...

Quero falar sobre anjos e demônios internos que todos temos. Nosso anjo, mais conhecido como "bom senso" ou por nossas virtudes. Nosso demônio, mais conhecido como nossos pecados.

Pode parecer confuso, de certa forma é para ser. Tudo isso é confuso assim mesmo, pelo menos a princípio. Vou tentar esclarecer.

Sabe quando você sente uma necessidade de fazer um ato bondoso? Ajudar aquela velhinha atravessar a rua. Adotar aquele filhote de cachorro solitário e chorão que sempre está pedindo comida naquele restaurante de esquina. Ou demais atos de bondade similar...

Ou então quando parece que um desejo enorme de cometer uma maldade surge de repente? Manipular, por pura luxúria, aquela pessoa muito atraente que você conheceu uma noite dessas. Botar pimenta na comida de um amigo "só pra sacanear". Dar um chute naquele cachorro que vive te atormentando enquanto você almoça no restaurante da esquina. Ou demais atos de maldade do tipo...

Esses são momentos em que nossos anjos e demônios internos buscam um meio de se manifestar e nos influenciar. Nosso ying-yang, lado bom e mal, sempre estão presentes, certas vezes até conflitantes, em nossos atos. Eles dependem de diversos elementos para poderem se manifestar, tudo depende da situação, pessoas, sentimentos... Muitas coisas.

Somos mais suscetíveis à tais manifestações de acordo com nosso estado de espírito. Quando raivosos propiciamos a nos deixar levar pela maldade; quando contentes geralmente estamos serenos e bondosos. Sempre variamos nosso estado de espírito de acordo com nossos sentimentos, cada um a seu modo.

Com já disse, todos possuímos essa ambigüidade interior, mas claro que em certas pessoas um deles sempre é mais presente que o outro. Alguns tendem para o bem, outros para o mal.

Agora tente imaginar uma pessoa em que seu ying-yang possui um equilíbrio quase perfeito, onde a balança do bem/mal está praticamente na mesma medida para ambos. Uma pessoa altamente conflitante consigo mesma e demasiadamente indecisa. Alguém que se questiona em praticamente tudo que faz. Uma eterna inconstância de temperamentos e atos que quase geram uma dupla personalidade.

Estranho? Impossível? Inacreditável? Não. Apenas descrevi a mim mesmo.