Violência no trânsito

Que calor senti essa tarde! O ar condicionado estava marcando dezoito graus Celsius, mas a situação me fazia suar frio, trabalhar de segurança não é mole, ainda mais se houver suspeita que o banco está para ser assaltado. Segundo o serviço de inteligência da polícia, ficou-se sabendo, não me perguntem por meio de quê, que a agência aqui do centro iria ser assaltada hoje. Foi o pior dia de trabalho que tive em toda minha vida, o gerente ficava andando de um lado para o outro e não parava de dar pitaco em meu trabalho, Solange que é segurança nova aqui, não parava de tremer, eu não entendo o porquê ela escolheu essa profissão. Enfim, o dia foi cansativo, mas eu vim fazer outra coisa aqui, certamente não é falar sobre a violência que assolava meu trabalho.

Vim sentar aqui para falar do trânsito de Olaria, vim para falar especialmente dos motoristas que no período diurno não param no sinal vermelho para os pedestres poderem passar. Um amigo de trabalho falou que não para porque ele aprendeu que é perigoso; outro me disse com uma cara de pau: que quando tirou a carteira de motorista era: sinal verde para passar, amarelo para passar, vermelho para passar e sinal azul para parar, perguntei a ele essa estória de azul, ele falou que espera o sinal azul, mas nunca vê, por isso ele passa correndo no sinal. HÁ três dias um homem foi atropelado, foi bem perto da passarela, ele ia passando no sinal vermelho, mas não teve jeito, foi atropelado por um Monza, o cara parou o carro e o levou, Deus sabe para onde, acho que foi para um hospital. Espero que as coisas aqui melhorem um pouco. Temos violência aqui por causa do tráfico, temos violência sonora, temos violência visual e também a violência no trânsito, está na hora de mudar.