Minha mãe

Nasceu para ser mãe.

Desde muito nova, já tomava conta de seus irmãos mais novos, que eram muitos. Família humilde, interior do nordeste, sem muitos recursos, mas com muito amor.

Muito cedo, perdeu o que tinha de mais precioso: sua mãe. Ali era traçado seu destino:

Assumiu os irmãos, a casa, a lida.

Cresceu fazendo seus irmãos crescerem.

Até que um dia seguiu seu próprio destino.

Destino que lhe apresentou um belo rapaz. A cidade era outra, a vida também. Assim, casou-se já assumindo filhos da viuvez do marido. Logo depois do casamento a família já era completa: pai, mãe e dois filhos.

Outras três filhas vieram dessa união. Já tinha um lar.

Amor, carinho, paciência, benevolência... E o tempo a passar.

Cabelos brancos, netos, um, dois, três, num instante eram dez!

E sua missão de mulher, esposa, mãe e avó lhe fazia perfeita.

Como lhe somos gratos! Como lhe amamos!

Um amor puro, enorme, que gritamos ao mundo e agradecemos aos céus!

Obrigada, minha mãe!

Deus lhe abençoe!

Estendo essa homenagem a todas às mães escritoras e leitoras do Recanto das Letras!

Felicidades sempre!

Cadri de Paula