flores
"a poesia é a única prova concreta da existência do Homem",
Luís Cardoza y Aragón*
Acabo de escrever nas costas dum envelope:
porque não poderia dizer tudo/
porque não poderia dizer nada/
porque te quero endereçar/
um beijo Atlântico de emoção!//
(desculpa ir fazer "copy e past"
com + alguns comentários bons
para o coração)
Já comecei escrevendo com um título que darei a esta crónica deste momento! Estou a pensar - substituir beijo por abraço - quando transitar das leitoras (em maioria, emoção é com elas!) para leitores, agradecendo aqui a todos.
O título fui buscar a uma poesia sem título de antes-de-ontem:
não sei que te diga em relação
a este poema, ainda pensei
fazer um rol de ideias
rapidamente me apercebi
de esse ser um erro
fiquei errático esperando...
escrever em esperanto
todo meu espanto?
amo-te como as flores
que dizemos ser silvestres!
Assim Mesmo
Quando sou heterónimo? Essa questão não sei responder, faz parte da criação! Onde criar é nascer, sendo esta uma ideia herdada como um desafio de Pessoa, Fernando.
Vou acrescentar uma epígrafe* que vai ligar o inicio desta crónica ao seu final que escrevi à noite, no caderno:
*(é uma transcrição, lida já duma citação: palimpsesto de tudo o que é a comunicação...)
Hoje a inspiração foi dormir e deixou-me só, à espera de lhe ir fazer companhia. Peguei numa frase, decorei-a, escrevi-a... Enquanto escrevia... já sabia ir escrever, mesmo sem saber o quê: isto!
(abri o dicionário:)
palimpsesto
do Lat. palimpsestu < Gr. palímpsestos < pálin, de novo + psáo, raspar
s. m.,
pergaminho manuscrito medieval em que, por raspagem, se fez desaparecer a primeira escrita para nele escrever de novo, mas do qual, por vezes, se tem conseguido fazer reaparecer, por processos químicos, os caracteres do texto primitivo.
{nota: eu também tenho emoção, muita!, serve-me para cantar!, mas para amar, preciso sempre da emoção dela... e, Ela, é Virgem em meu coração, sempre: és tu!}