O princípio de uma nova consciência
É muito silêncio
enquanto as flores não crescem
e os poetas dormem. (Eolo Yberê)
O colonizador carvoeiro projeta as coletivas sombras na degradação ambiental que avassala o meio ambiente, um varado reprimido. Sofrimento que continua vivo no padrão desbravador e segue acuado por várias gerações.
As relações humanas acham-se contaminadas pelos ingredientes da negação da verdade, personificada nas máscaras dos obreiros lideres da infantaria carvoeira.
O poder institucional cala-se, diante da força de um passado que ainda assusta ou seria atração? Moderno defensor do ancestral colonizador. Talvez, ramificações das seletas sombras...
Brota com os ventos do leste, alerta em forma de gases do efeito estufa, que pausadamente vai consumindo o disfarce do corporativo poder econômico. Na contramão da biografia, caminha a falida instituição acadêmica.
Assim, reverbera nos rios da região carbonífera sangue nativo, feridas abertas pelo facão que subjugou os nativos até a morte. Na chaminé da usina, continua crescendo a escura fumaça de um trágico destino coletivo.
A semente da nova consciência foi lançada pelas mãos do fotógrafo idealista, germina nas mãos do poeta jardineiro, na visão do plantador de alimento, no pai que liberta o filho e na mãe que acolhe a síntese.
E que os trovadores pela vida, acordem!
*Procuro retratar um pouco da tragédia causada pela extração (mineração) do carvão mineral na região sul de Santa Catarina.