CRIADORA DE CASO

Retornando ontem por volta das quinze horas para Nova Almeida-Serra-ES, onde resido, tive uma desagradável surprêsa no ônibus coletivo 504, que faz a linha Terminal de Jacaraípe-Serra-ES X Terminal de Itacibá-Cariacica-ES. Eu havia ido ao bairro Laranjeiras-Serra-ES, comprar algumas mercadorias solicitadas por minha espôsa via telefone e, estava com duas pesadíssimas sacolas em um determinado ponto de ônibus esperando por um coletivo que me levasse ao terminal de Jacaraípe-Serra-ES, recém inaugurado e, de lá pudesse apanhar o ônibus 806 que faz a linha Nova Almeida-Serra-ES X Terminal de Jacaraípe. Como faço habitualmente quando pego um ônibus lotado e carregando bastante pêso, solicitei ao motorista que abrisse a porta do meio para que eu entrasse e, pedí à cobradora que cobrasse a passagem e girasse a roleta, sem que eu precisasse sair de onde estava, do outro lado da roleta, sem precisar passar pela porta de entrada da frente com a pesada carga, o que seria totalmente impossível pelo fato de o ônibus estar completamente lotado, afinal o importante seria a meu ver, pagar a devida passagem. A cobradora porém, para a minha surprêsa, começou a criar caso desnecessário comigo, dizendo que eu irira ser apresentado ao fiscal no terminal de Jacaraípe-Serra-ES quando chegasse ao meu destino e que eu iria entender-me com ele, como se eu tivesse me recusado a pagar a respectiva passagem, o quê não era verdade, já que eu solicitara anteriormente e com todo respeito àquela mulher que fizesse a respectiva cobrança, como ocorre sempre em outras linhas, onde os cobradores não são criadores de caso como aquela mulher. Pelo fato de algumas pessoas naquela lata de sardinhas ambulante começarem a opinar favoravelmente a mim com relação ao fato que estava acontecendo, a cobradora tomou um chá de simancol, deixou a ficha cair e fez o que eu solicitara-lhe anteriormente.

Ao sair daquele ônibus, um outro motorista, tocou-me no ombro e disse-me para não dar importância ao fato ocorrido, porque o mundo está cheio de pessoas mal educadas e criadoras de caso a todo instante, especialistas em criar dificuldades para os outros, em fazer tempestade em copo d`água. Agradecí a solidariedade e compreensão daquele homem e seguí o meu caminho.

Fiquei imaginando depois em quais poderiam ser os motivos que levaram aquela cobradora a agir daquela forma. Entre os possíveis motivos analisados, não encontrei nenhum que justificasse a sua atitude. A única explicação é que aquela cobradora talvez, seja mais uma entre tantas pessoas neste mundo, carente de amor e compreensão por parte das pessoas que a cercam. Talvez na infância, a falta de amor e compreensão tenha transformado ela numa pessoa amarga, criadora de caso, e amante em promover tempestade em copo d`água, traços que sem o auxílio Divino, será totalmente impossível livrar-se deles. Na verdade, aquela cobradora é só mais uma vítima deste mundo louco, amante do materialismo e, bastante distante do Deus Criador de todas as coisas.

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 30/04/2008
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