...o amanhã, talvez ...
um dia ,não sei quando...
foi um qualquer quando, as minhas mãos calaram,nas tintas não mais tocaram ...
a alma doeu,mas as cores não mais gritavam ou eu nada,nada ouvia ...
e quando escrevia o poema Alma nas Mãos ,estava voltando aos tempo idos,sentidos,doidos ...
estava de novo no mesmo impasse sem saber se agora as letras ...
horas e horas comigo conversei , discuti ,expondo este vazio fundo das letras em mim ...
que cada vez mais afunila num vácuo continuo, numa descida em que a rampa foge...
olho para trás não encontro o caminho de volta ...
não encontro o orvalho,a flor nem a terra para algo novo plantar...
tudo está tão falho, tão sem criatividade, tão mesmices ...
é preciso mudar as telas, as cores e as letras ,assim não dá!
Este momento deixo gravado ,neste dia, neste meu hoje...
esta simples história que muitas vezes acontece ...
porque não sei como será o meu amanhã...
pode até ser um daqueles malfadados dias dramáticos
escarrados das entranhas sedentas de alturas e topos inatingíveis ...
pode ser somente um triste dia cinza.Tomara.
Não desejo elogios ou comentários
é que sempre minha vida foi um livro aberto
e precisa assim sempre continuar
marcando passos,mesmo que sejam perdidos ou encontrados passos...
10/01/06