Como redigir um falatório

Um falatório é uma descrição de fatos mal passados, mal analisados com o objetivo de desorientar uma determinada pessoa ou um grupo de pessoas. Isto significa que o falatório deve possuir todos os predicados de um diz-que-diz-que de inatividades; é, no entanto, bem mais complexo, tendo de juntar desvantagens de uma análise confusa e da desconsideração sobre o objetivo a atingir. Num falatório inexiste observação cuidadosa. Sendo a essencial futilidade o perfeito hábito da dispersão. A concentração parando em pormenores simplórios levando o leitor a se perder completamente da idéia correta da realidade. E é essa a idéia mais fiel possível que o falatório deverá deixar em quem ouvir. Como? Não interessa. Por quê? Pouco importa. Soluções possíveis? Ninguém deseja encarar. Solução eficaz? Um verdadeiro aborrecimento.

As circunstâncias de fato que se fazem figurar num bom falatório nasce sem observação raciocinada da situação. Ela é de natureza opositiva. Servem apenas para apontar as feridas e o destinatário quadra expressamente para se reduzir a um cérebro de pitanga. Pitanga verde. Reduzindo assim o número de pessoas qualificadas para elevar o número de pessoas desqualificadas. Sem confundir no falatório a relação entre especialização e alta qualificação. A pessoa boba útil ou até inútil poderá se especializar numa atividade simples, para ganhar pouco e passará arrastada a existência, sem qualificação produzindo grandes lucros. Por isso o falatório deve possuir algumas características de grande confusão. E não é normal que se pondere o fato sem levar em consideração à pessoa que vai ouvi-la.

Sem tradução de nenhum pensamento, sem exposição resumida dos fatos, sem demonstração e sem sugestões o falatório sequer narra e nem conta. Deve-se deduzir logicamente da argumentação que a precede que ela é totalmente nula no conjunto das expressões. Nula. O palavrório é a mistura de gêneros sem linha completa de raciocínio de tal modo que produz uma confusão dos diabos. Só o ponto final é um ato de liberdade no final da frase. Uma coisa é certa: falatório odeia exercício de fixação. Não se completa com há ou H.