CASOS DE GRAMATICA
CASOS DE GRAMÁTICA
Tínhamos ou tivemos esta amizade quase incolor. Pálida foi essa nossa amizade.
Tenho muitas saudades de você; não apenas uma saudade, são várias saudades. Saudade do seu perfume secreto que só eu sentia; saudade do seu hálito quando ofegava: fuma muito; saudade do seu andar lasso, saudade da sua voz oprimida me chamando de rapaz e aquelas reticências. Eu as notava, melhor do que qualquer escritor que fosse compor. Já estava composto. Não era sujeito simples.Você é o tu singular: a segunda pessoa do singular, mas para o caso de, você é a terceira pessoa: terceiros com outros que são ocultos.
Nós é que ficamos ali. A gente ficava sem não ficar mais, porém sem contudo não o vejo mais.Aonde giras por aí?, onde andas perdido?
Eu te desejara muito cedo, mais que perfeito, perfeito mesmo assim de mais só no pretérito. No futuro pode ter presente, é que chegou a páscoa e me lembrei de você. Me lembro, o Me de mim antes do verbo no começo da minha oração, é que desculpe... – esqueci o me agora na frente – o meu Me que se meteu contigo e te deu chocolates. Ou dei-te chocolates, porem não coloquei nenhum chocolate para deitar.
Dei-lhe bombons de presente? Foi a verdade. Uma caixa de bombom eu te dei fica bem melhor.E ainda era setembro; ficou melhor ainda.
Fugindo da gramática, tu fugiste de mim ou larga disto você saiu fora de Me, por que Me se meteu contigo, e eu fiquei cá comigo, procurando se consigo te encontrar contigo para se lhe tiver artigo, mas o problema é de caso obliquo.
Rodney Aragão, 16 de março de 2008.