Um anjo em nossas vidas

Já faz muito tempo,que num dia ensolarado,família reunida,todos muito felizes,comendo uma bela carne misturada com arroz e outras comidas(que aos poucos iam chegando com os convidados),naquele churrasco que estava ocorrendo,para comemorar a nova casa dos tios,que depois de muito comer,resolvi dar um passeio com minha mãe,pelo condomínio,que tinha muitas árvores e casas bonitas.

Nas ruas,quase ninguém caminhava,apenas carros e motos passavam por nós,durante aquele fim de tarde.

Caminhamos durante pouco tempo,pouco tempo esse para repararmos que já havíamos andado o bastante para voltarmos para a casa dos meus tios.Voltamos,entramos em ruas e assim,percebemos que estávamos perdidos,no meio daquele condomínio imenso,que era habitado por muitas pessoas,porém,casas distantes umas das outras e que,algumas,se não a maioria,estavam vazias,porque eram alugadas ou de veraneio.Não sei ao certo o paradeiro dos donos dessas casas,a única coisa que sei,é que eu e minha mãe,tínhamos a certeza que estávamos perdidos e ainda para completar essa tragicomédia,estávamos sem nossos celulares.

Resolvemos continuar andando,com a esperança de achar alguém pelo caminho que pudesse nos informar onde a casa ficava ou simplesmente,alguém no meio daquela euforia do churrasco,percebesse nossa demora e ausência.

Durante nosso trajeto,avistamos um cachorro que estava deitado,perto da calçada.Eu num tom sério e ao mesmo tempo brincalhão,falei para minha mãe que aquele cachorro era um anjo e que nos levaria de volta para o churrasco.Foi então,que comecei a falar com o cachorro,explicando onde queríamos ir.Minha mãe resolveu entrar na brincadeira,talvez para encarar o famoso ditado de frente:"rir para não chorar".Seguimos o cachorro,que fazia questão de tempo em tempo,olhar para trás,para constatar que o estávamos seguindo.De vez em quando,o pobre cachorro,já cansado do trajeto e sabendo que existiam caminhos menores,que dariam no mesmo lugar,entrava no meio do mato.Imediatamente,falávamos que não entraríamos no matagal e na mesma hora,o nosso querido amigo voltava e continuava o trajeto pelo asfalto mesmo.

Foi assim,que depois de alguns minutos,caminhando ou melhor,seguindo nosso querido amigo cachorro,que finalmente chegamos ao nosso ponto de partida:a casa dos meus tios.Não acreditamos quando reconhecemos a casa,ainda distante um pouco.Começamos a rir !!!

Chegamos e assim como em qualquer casa de condomínio fechado,ao redor da casa,uma cerca com pequenos buracos existia.Eu e minha mãe,sentados perto da piscina e ainda fascinados com a aventura que tínhamos acabado de viver,avistamos o nosso amigo,do outro lado da cerca,latindo.Agradecemos e nos despedimos,daquele cachorro,tão especial,que para mim e minha mãe,nada mais foi que um anjo em nossas vidas.

Felipe Lucchesi
Enviado por Felipe Lucchesi em 27/04/2008
Reeditado em 27/08/2008
Código do texto: T964262
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