UMA POLÍCIA PARTICULAR
UMA POLÍCIA PARTICULAR
Vemos com certa tristeza o esquecimento do nome Polícia Militar do Ceará dos écrans noticiosos e do meio policial. A briosa como é carinhosamente conhecida está sendo ocultada pela polícia do governador “Ronda do Quarteirão”. Diz o clichê popular de que não se faz mais polícia como antigamente. O policial do nosso tempo era profissional e hoje vemos que a maioria deles faz bicos para sobreviver. É triste e lamentável. O comando da Polícia Militar deixou de ser forte e passou ser um mero executor de ordens, muitas vezes descabidas e sem plenitude policial. Desmistificaram a briosa e na psicosfera da segurança pública vemos policiais com aparência de colegiais, visto que a missão policial tem como principio mostrar presença e intimidar o adversário. E um desses apetrechos é o fardamento, o equipamento policial e a estatura humana. Vemos homens raquíticos, ansiosos, preocupados e sem um preparo adequado para o mister da função. A polícia inglesa não usava armas, mas quando o vírus da violência por lá se instalou foi necessário uma ação mais enérgica e com armamento especial para lidar com os meliantes e terroristas.
As viaturas do “Ronda do Quarteirão” não tem distinção e o nome polícia está estampado em todas. A estampa das viaturas está mais para um bloco carnavalesco do que para um instrumento de segurança. O que se fala a boca miúda é que os “Ronda” ganham mais do que os policiais que fazem o serviço a pé e que se torna mais cansativo e desgastante. Um fato estranho e até pitoresco têm chamado a atenção dos leitores de matutinos da cidade. As manchetes policiais agora não saem em primeira página e sim no bojo dos cadernos e num local bem reservado e que por muitas vezes passa despercebido. Os programas televisivos policiais mostram ao vivo e em cores que a violência no Estado continua efervescente e em alto índice. Enquanto o “Ronda” roda os meliantes vão a forra. A aquisição dessas viaturas teve uma conotação de crítica por alguns deputados que fazem o parlamento do Estado. A nossa autoridade maior recentemente foi fazer uma “Ronda” bem mais extensa, fora do quarteirão e vai ter que arcar com o uso do dinheiro público para passeios turísticos com a família e amigos. Ainda não perderam a mania de doninhos do Estado. Aberrações são vistas a - “olhos nus”.
Determinado deputado afirmou que a policia do Ceará não merecia viaturas tão portentosas por ser a segunda mais mal paga do Brasil. Se essa particularidade for verdadeira tiramos de imediato à conclusão de que segurança não é o ponto forte do governo. Alia a esse pensamento a educação, a saúde, é triste sabermos que um governo não tem condições de lutar pari e passo como um mosquito e ainda do sexo feminino que vem pouco a pouco dizimando a população pobre e de classe média do estado tupiniquim. Nosso Estado precisa de homens com seriedade explícita e trabalhadores com visão panorâmica para enxergar os problemas cruciais da população carente. Hoje senhores os pedidos de promessas nem os santos estão aceitando. O Ceará carece, padece e precisa de uma estrutura política forte e viável e que num futuro bem próximo não tenhamos que amargar mais dissabores, tristezas e preocupações. Chega de sofrimento, a população não suporta mais tantas dilacerações, os hospitais estão abarrotados de doentes e o atendimento é precário, até os corredores servem de enfermarias e o pior acontece no interior do Ceará, nas cidades onde a deficiência é geral os doentes vêm buscar assistência na capital. O Brasil para pensar em se tornar sério tem que acabar com a corrupção, eliminando corruptos e corruptores, com procedimentos iguais ao da índia e da China. Os criminosos devem pagar por seus crimes e a cadeia é o lugar mais adequado para eles. Se estes procedimentos não surtiram efeitos que o criminoso pague da mesma forma pelos atos praticados. Somos contra a pena de morte, mas de jeito que está à morte será uma pena.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE