É mesmo? Ah!
Cada vez mais freqüentemente me pego sendo “do contra”. Confesso que dá um susto. Penso comigo: estou ficando velho mesmo! E isso não me agrada. Não o fato de envelhecer, mas as mudanças no entendimento de pessoas e mecanismos ligados a esse... Como direi... ...Passar do tempo. Logo eu que gostava de assistir a todos os filmes de qualquer gênero! Que gostava de “assar” na praia! De ir aos estádios de futebol... Do movimento à noite, (esse então...). Claro que era coisa de solteiro! Ainda demorou um pouco mais para ir acabando... Mas não era dessas mudanças que pretendia falar e sim de como sentir as coisas. Conheço umas pessoas que têm o habito de antecipar com o semblante, e mesmo com palavras, o que pretendemos dizer a elas numa conversa. Sempre achei isso, no mínimo, impaciência delas. Chato achar que o que vamos falar é ululante! Não é que me pego querendo repetir o que tanto condeno? Bem, ainda consigo me conter. Esse deve ser o primeiro sinal de que a experiência dos outros (geralmente mais novos) já me é conhecida. Conclusão: sinal de, com o perdão da palavra, velhice. Tá bom, experiência, vivência...
Na verdade a gente vê se repetir os mesmos problemas levantados nas reuniões em empresas diferentes. Parece um filme repetido em detalhes. Vê cenas de família cujos membros tomam decisões emocionais que já presenciamos em outros personagens, mas com desfechos claramente previsíveis. Chego a me surpreender com a falta de criatividade nas inter-relações. Certamente nesse momento estou externando a minha ingenuidade: é obvio que se trata do ser humano e eu deveria saber que ele não mudou. Sendo assim não teria razão esperar uma quebra de paradigma a cada esquina. Mas é cansativo ver sempre o mesmo filme. Talvez seja por isso que temos prazo de vencimento.