Não sou Oscar Niemeyer, nem a famosa Torre Taipei, mas já passei dos 100............textos. Estou comemorando, porém não o centésimo e sim o primeiro depois do centenário. Nós seres humanos, apesar de muitas vezes não querermos admitir, somos extremamente analíticos, racionais, referencias, ponderamos tudo para saber o quanto ganhamos nessa ou naquela relação. É simbólico, mas serviu-me como balizador. 100 textos!!! (só aqui no neste espaço, fora uns tantos outros perdidos por aí). Comemoro hoje o primeiro depois do centésimo, e não contrário. Comemoro hoje, porque nascer é mais difícil que morrer. Para morrer só é necessário estar vivo!!!
Metade de seu DNA, teve que vencer pelo menos mais 200 milhões de concorrentes nadando freneticamente até o óvulo. A primeira etapa foi vencida. Uma metade se funde a outra e cria algo singular. Passam-se nove meses de um frenesi celular, multiplicando cada um em dois, dois em quatro e assim por diante. É o momento do verdadeiro extâse da vida, quando pela primeira vez os pulmões se enchem de ar e nosso contador de horas de vida inicia sua jornada. Foram 40 semanas de preparação e desenvolvimento dentro do ventre materno, para que tudo funcione como programado por milhões de anos de evolução.
Morrer faz parte do nascer e não contrário. Tudo evolui, a diferença se encontra na velocidade com que isso ocorre. Os últimos meses, sincronicamente falando, foram de um aprendizado extraordinário. Aprendi quando soltar, e sofri quando soltei. Senti a dor da perda, sem nada para perder.
Tudo evolui, inexoravelmente. Tudo tem que evoluir. Pensei o que fazer nos próximos 100. Ser mais conciso, mais leve, mais "povo", mais qualquer coisa que o valha. Pensei muito e descobri que não tenho que planejar nada para os próximos 100. Sempre que planejei algo, pela ótica cartesiana, as coisas não deram muito certo.
Harmonizar minha grande pressa de aprender com a velocidade lenta e firme do passo-a-passo será a tônica do próximo centenário . Confiar mais na intuição e menos na audição. Sentir mais que interpretar. Experimentar ao invés de criticar.
Pela numerologia estou no mês 9, que significa fim de ciclo. A sincronicidade de Jung se faz presente no meu cotidiano e me faz pensar como os números podem guardar tamanhos segredos. Se há relação, isso não sei, mas tudo se encaixa. Um puzzle de fatos e situações. Tudo vem ao seu tempo. Como diz Joaquin, "el viejo y sábio Joaquin": "Tudo vem a nós na hora certa, nunca antes nem depois".
Que o centésimo seja o divisor de águas, o trampolim para viagens mais intensas. Só de imaginar o que vem pela frente, já me empolga, me excita. Sinal verde meus amigos.......lá vou eu!!! Vamos nessa???
Um grande abraço