Refúgio das borboletas
Conta a história, que em um lugar bem próximo da população existe um fantástico jardim, local vasto, enorme campo colorido feito por flores de todos os tipos e diversos tamanhos, as espécies lá existentes, todos nós conhecemos ou já ouvimos falar, como as azaléias da alegria que preenche toda a parte frontal do jardim, como se estivesse nos recebendo, fazendo um convite para visitar o restante. As tulipas do sonho cercam toda a extensão, protegendo todas as outras flores do jardim. Exatamente no meio do terreno vive uma única flor, não é possível enxergá-la direito e tão pouco aproximar-se, devido ao volume de outras plantas até o local, mas não deve ter muita importância, pois só têm uma. As orquídeas do progresso nunca devem ser podadas, para que cresçam livremente, são cultivadas juntamente com os lírios do sucesso. Em um setor bem protegido, talvez o mais magnífico, brotam as rosas da paixão, quando atingem a maturidade, com raízes profundas, passam a chamá-las de rosas do amor, vermelhas, sublimes, perfumadas, puras e verdadeiras, mas cuidado, porque elas possuem espinhos e podem ferir. Quase que misturada com as rosas estão as violetas do perdão. As bromélias da paciência estão espalhadas por toda a parte, são brancas e serenas.
O local é imenso e vivem lá centenas de outras classes de flores. Elas passam o ano todo se preparando para uma festa que pra elas é a melhor do ano, a primavera, onde se apresentam elegantes e proporcionam um maravilhoso ballet de cores.
Mas um dia esse lindo jardim foi contaminado por uma erva daninha muito terrível conhecida como praga do medo, pouco a pouco a flores foram murchando, tudo foi devastado e reduzido a poeira, não existia mais nenhuma beleza.
Após aquele lugar ficar deserto e quase que sem vida, a única sobrevivente era aquela flor que ficava bem no centro do jardim, ela não foi contaminada pelo medo e ao obsevar aquela cena de tristeza, sentiu-se sozinha, em instantes uma gota de orvalho escorreu pela suas pétalas bem devagar até atingir o solo. Incrivelmente neste mesmo local onde nada mais parecia aprazível, começou a germinar os primeiros brotos e em pouco tempo já se podia observar a alegria manifestar-se novamente, os sonhos, o amor ficar forte e todas as outras flores que lá viviam já atraiam a todos pela deliciosa fragrância que expeliam no ar.
O jardim novamente retomou a magia e bem lá no meio, a única flor que não morreu, estava de novo bem acompanhada, o nome dela, é Esperança.