O GOSTOSO.

Estávamos eu e um amigo pela madrugada, quando avistamos duas senhoritas às três da manhã, "inocentemente" paradas num ponto da cidade muito freqüentado pelas meninas da noite.

Ele, olhos azuis, loiro, bonitão. Eu, moreninho, olhos negros, cabelos negros também e ondulados. Um tipo italiano mouro. Ninguém diz que sou descendente de italiano. Mas, na Ítália tem moreno também.

Bem, disse-me ele: quer ver, ninguém resiste ao meu charme.

Parou o carro.

Um das duas, peituda pra caramba, jogou aqueles peitos enormes dentro do carro, sentia o perfume no ar.

Olhou estrategicamente tudo e viu no painel três maços de cigarros importados.

Conversou com o meu amigo.

Uma conversa daquelas.

Ele jogando charme.

Ela pediu um cigarro.

Ele, derretido pelo seu convencimento, autorizou.

Ela, ligeira como uma lebre, passou a mão nas três carteiras de cigarros e saiu correndo.

Ele olhou pra mim com cara de babaca e ficamos rindo a noite inteira.

jose antonio CALLEGARI
Enviado por jose antonio CALLEGARI em 08/01/2006
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