SEM ENCANTAMENTO E MAGIA NÃO HÁ AMOR.

 

 

Discutindo a relação...

 

Discutir a relação existente entre um casal casado, (marido x mulher) namorados, amantes ou simplesmente uma relação de amizade e dizer que é preciso discutir essa relação, isso nos leva pensar um pouco a respeito.

Eu quero dizer, anunciar isso de vez em quando, talvez seja um aviso do inconsciente, mormente quando se manifesta em tom de brincadeira, mas que no fundo mesmo, eu penso que é a verdade que pretende emergir.

Portanto, deve-se estar sempre alerta para a conotação dos vestígios que estão sendo enviados como mensagens hilárias, mas seguramente que são bem pensadas, camufladas e sutis.

Mas muito das vezes, essa expressão muito atual se reveste apenas de uma faceta da jocosidade vivida na relação lúdica dos enamorados.

Por isso devemos nos conhecer sempre melhor, para que possamos entender porque fazemos as coisas que fazemos ou, porque dizemos certas coisas que dizemos.

Tem um ditado popular que traduz muito bem essa situação. 

É aquele que diz o seguinte: “Aonde há fumaça há fogo”.

Outra coisa, nunca se deve dizer por mais que alimentemos o espírito de liberdade, se é que isso é mesmo liberdade, o seguinte: “Não me vejo vivendo junto contigo” ou “Não quero me casar, prefiro ser somente a tua amante”.

“Não quero me casar prefiro ser amante”.

Querer ser somente uma amante, isso pode indicar a preferência pela libertinagem ou ao amor livre, mas, por favor, não se esqueçam que amante é aquele que realmente ama, seja qual for o objeto desse amor devotado.

Mas aqui com referência à “amante”, estamos nos referindo a amasia, a outra, a filial, essa que muito tem infernizado a vida da matriz, a esposa, a oficial, a de direito e de fato, mas sabemos também que a amante é a realmente amada e muitas vezes se transforma na mulher de fato e de direito.

Isso nos leva a pensar que essas pessoas que têm essas preferências, no passado, vivenciaram uma experiência nada agradável, e que agora é a hora de dar vazão ao egoísmo exagerado e se achar auto-suficiente, querendo com isso ser somente “amante”, mas na verdade querem mesmo é ser amadas com se fossem a mulher oficial.

“Não me vejo vivendo junto contigo”.

Isso quer dizer: Não permito dividir o meu espaço físico com outro ou outra, isso não é lá muito racional, pois quem determina o seu território é o animal, assim como também fazia o homem da caverna.

 A não ser que essas pessoas neolíticas, ainda carreguem arquétipos do homem primitivo, quem sabe estejamos aqui diante de um Neantherdal moderno, cuja argumentação se resume em apenas num monólogo autoritário mais parecido com um grunhido ameaçador tipo: Ugh! Ugh! Ugh! E pronto!

No excesso de independência vive-se uma falsa liberdade, e isso se transforma num caminho silente e seguro para a solidão, ninguém nasceu para ser uma ilha, entretanto é bom lembrar que, naturalmente, fazemos parte de um imenso e diferenciado arquipélago humano.

Já se disse que o ser humano é um animal político e social.

Essa suposta liberdade muito apregoada e que está muito em voga hoje em dia, queremos crer que se trata na verdade de um individualismo, portanto, um egoísmo escancarado.

Não se deve adotar isso como uma regra, mesmo porque toda a regra tem lá a sua exceção, mas quando essas expressões: “Discutir a relação”, “Não me vejo vivendo contigo”, “Não quero casar, prefiro ser amante”, são usadas com certa freqüência, deve-se observar em que situação isso é dito e porque é dito, todavia vê-se aqui uma conotação totalmente emotiva e lastimavelmente equivocada.

Quando a gente chega a entrar na vida de alguém somente por uma estação, e isso é bem provável que aconteça, pois se estamos ali inseridos é porque fomos assim desejados para suprir uma carência afetiva.

Mas quando pessoas entram em nossas vidas por uma razão, é porque chegou a hora de amar, dividir, conviver, crescer, multiplicar, se realizar e aprender.

Nesse momento, elas trazem para você uma experiência de paz, o equilíbrio de vida, a serenidade emocional e, na maioria das vezes, elas também fazem você sorrir.

Notem que o sorriso, aquele cheio de cumplicidade e intencionalmente descontraído e certeiramente dirigido, é o verdadeiro salvo-conduto ou passaporte para amor.

Essas pessoas quando nos chegam por uma razão, elas poderão ensinar algo que você nunca fez ou teve, por exemplo, uma vida harmoniosa, a complementação existencial, o prazer conjugal, o ombro para o choro quando for preciso desabafar e a presença do abraço carinhoso para o consolo.

Elas, geralmente, nos dão uma quantidade enorme de prazer e, se o sentimento for verdadeiro, jamais poderemos viver sem a companhia delas, pois a justaposição de almas é tão impactante que somos transformados em um, quando na verdade continuamos dois.

 

Mas isso somente acontece se você realmente ama e deseja partilhar e compartilhar os seus dias, sempre de uma forma aberta, sincera e sem os subterfúgios e ou as chantagens emocionais.

É bem verdade que ninguém se cruza na vida de alguém por um acaso, algo atrai uma pessoa para a outra, as mensagens de benquerer são enviadas por meio de um sorriso especial, um encontro sincrônico ou, por um olhar insistente e transfixiante que docemente desequilibra.

O amor existe sim!

E ele vem bordado com belos sonhos, fascinantes fantasias, um frenesi inominável acompanhado de um bem estar indizível, uma sensação paradisíaca, uma saudade constante desejando sempre a presença do ser amado.

 E a todo esse acompanhamento ou êxtase inefável que é vivido, os poetas chamam de magia e encantamento.

Acredite, pois isso é real e, afinal de contas, nós somos verdadeiramente humanos e emotivos, por isso, muitas dúvidas são jogadas sobre o comportamento celibatário, que nada mais é do que um orgulho desnecessário e exagerado.

E também já se disse que o amor é um evento quântico, e que nem a própria razão que costuma questionar tudo, infelizmente ou felizmente não o explica satisfatoriamente

 Assim ficamos apenas com o ilimitado e indizível viver desse encantamento cheio de magia.

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 24/04/2008
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