As 4 estações

Pensemos na vida, mas pensemos na vida como algo que acontece de forma aleatória, e que o máximo que podemos fazer é estarmos preparado para enfrentar as situações. Devemos aprender a lidar com os momentos de alegria e a lidar com os momentos de tristeza. Dessa forma a nossa vida é como as estações do cosmo, cada época tem seus frutos e merece uma atenção especial da nossa parte.

Primavera

É o momento onde a beleza floresce. As flores desabrocham, a poesia aparece forte por causa do inebriante cheiro das flores … É também o momento onde nossas idéias aparecem, e nossa mente fica repleta de sonhos e de planos. E gostoso também é o cheiro das idéias, novos projetos a serem executados, tudo isso tem um maravilhoso perfume, a fragrância do desafio. Aproveitemos pois a primavera sem medo, vislumbrando cada empreendimento, planejando, sonhando … Aproveitemos também para olhar para o jardim do próximo, admirando as flores dos companheiros de labuta, se maravilhando com o pomar daqueles que não temos afinidade, na esperança de trocarmos as flores. Enfim, a primavera é quando o ardor do sol está todo em nosso peito, e daí surgem as flores, que são nossas idéias.

Verão

A estação da liberdade. Com pouca roupa nos sentimos a vontade. O calor toma conta do nosso dia a dia e estamos de bom humor. E no final do dia, que gostoso um refrigerante ou uma cervejinha bem gelada com os amigos. Em nossa vida é o momento de colocar em prática aquelas idéias que surgiram na primavera. Sim, na primavera nós planejamos, no verão nós colocamos em prática. É hora de abraçar os desafios sem medo, hora de encarar a vida de frente, hora de pensar como Shakespeare ao dizer: “A vida é dura, mais eu sou mais ainda”. Eis a estação de não ter medo, de arriscar… A hora de quebrar a cara, de se arrepender, de acertar. Enfim, o verão é a estação da nossa vida que mostra o quanto de coragem nós temos.

Outono

Momento de delícias. Momento de colheita, momento de saborear os frutos que foram planejados na primavera e plantados no verão. Momento de saborear a manga, o caju, a banana … É chegada a hora de subir nas árvores para brincar entre os galhos repletos de frutas. E em nossa vida? Sabe os desafios e o suor que você derramou na estação passada? Pois bem, é chegado a hora de colher. Goze do maravilhoso sabor da vitória, alegre-se pelo gostoso gosto da conquista. Demorou, demorou muito! Mas a hora da conquista chegou, é hora de subir no pódio, hora de encher os cestos e gozar da prosperidade. Alegrai-vos ó alma, é chegado o dia do seu regozijo. Coma, beba, se divirta, é tempo de colheita.

Inverno

E quando chegar seus dias de velhice? Digo da velhice biológica, porque juventude e velhice é estado de espírito. Mas seja o jovem ou o velho, todos passamos por um momento de inverno. É o tempo em que as flores caem, o tempo em que há o recolhimento, tempo em que nos agasalhamos e ficamos mais introspectivos. É chegado o momento de reflexão, tempo de descanso e meditação. Tempo de colocar a cabeça no travesseiro e dormir mais cedo, ou até mesmo dormir mais cedo, ao pé de uma lareira e com uma taça de vinho tinto. Seja como for, nessa estação é o momento de repensarmos nossa trajetória, revermos o tempo em que planejamos, o tempo que executamos e o tempo em que gozamos dos bens … tempo de escrever conselhos, tempo de passar mais tempo com os filhos e netos … tempo de aconselhar os mais novos e de jogar dominó ou cartas com os mais velhos. É chegado o tempo de rezar, orar, meditar, ouvir música, ler livros/poemas. Aproveita, é um bom tempo para namorar, casar novamente com a pessoa que se ama, e se não ama, é um bom tempo para amar, o amor ajuda a refletir.

Bem, devemos curtir cada estação da vida, porque um dia a vida cessará! E finalizamos com o que disse o sábio no texto bíblico, contido em Eclesiastes Capítulo 12:1-7, abaixo assim transcrito:

“Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos em que dirás: Não tenho prazer neles antes que se escureçam o sol e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas as portas da rua se fecharem; quando for baixo o ruído da moedura, e nos levantarmos à voz das aves, e todas as filhas da música ficarem abatidas como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho; e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e falhar o desejo; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça; antes que se rompa a cadeia de prata, ou se quebre o copo de ouro, ou se despedace o cântaro junto à fonte, ou se desfaça a roda junto à cisterna, e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu.”

Wagner Martins
Enviado por Wagner Martins em 24/04/2008
Código do texto: T959583